A cena é comum e deprimente. Você entra no banheiro de um bar ou restaurante e depara com uma sujeira sem igual. Papel higiênico no chão, descarga que não foi puxada, piso todo molhado. E daí para pior. Quando o lugar abriu as portas, ele estava limpo. Minutos depois, algumas das pessoas que estão no mesmo ambiente que você se encarregaram de deixar o lugar imundo.
De antemão, peço desculpas por tratar de um assunto tão desagradável em plena sexta-feira. Mas cenas assim me fazem perder a esperança na humanidade. Não interessa o nível do lugar, isso acontece toda hora. Em suma, pessoas se comportando como animais. Fico pensando se fazem a mesma coisa quando estão em casa. Por que diabos jogam as coisas no chão, por exemplo?
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Com bastante frequência, vejo também acontecer o desperdício de papeis para secar as mãos. A pessoa pega mais folhas do que precisa e deixa outras tantas jogadas ou molhadas. Uma falta de cuidado descabida com o que é do outro. Um descaso com o planeta que não deveria mais acontecer em tempos de tanta informação circulando.
Outra coisa comum de acontecer são objetos do restaurante quebrados. Às vezes é por acidente, mas outras é por maldade mesmo. Um vandalismo injustificado. E nem vou entrar na questão das coisas que somem. Conversando com donos de restaurante a respeito, me relataram coisas nos quais não quis acreditar. Roubam de tudo, do saleiro a garrafas de vinho, de luminárias a talheres.
Tem uma música que diz: “O que você faz quando ninguém te vê fazendo?”. É assustador pensar que o anonimato faz uma pessoa agir como um animal em um ambiente público. O mínimo que se espera é deixar o ambiente da mesma forma que gostaria de receber. Limpo, organizado, inteiro. Não é pedir demais.
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Com a porta fechada | Diego Fabris
Destemperados
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