Estava eu dando aquele rotineiro rolê pelas redes sociais quando dei de cara com uma foto de um filé recheado que parecia incrível. Não era um filézinho qualquer, era O filé. Grande, muito recheado, com um molho de nata por cima, daqueles que tu fica babando só de imaginar. Descobri que o lugar que vendia O filé, ficava em Porto Alegre. E mais do que isso, pertinho de casa. E mais ainda do que isso tudo, era um clássico da cidade (shame on you, Bianca!). Descobri que esse lugar, era o Rock’s.
Me diz se não é daqueles lugares que só de olhar a fachada, tão pequeninha, charmosa e misteriosa, tu já fica imaginando o que será que se esconde ali por trás? Nesse momento eu já sabia que essa noite ia ser exatamente o que eu estava buscando pro frio porto-alegrense que se abatia.
E quando cruzamos aquela portinha, era exatamente como eu imaginava! Pequeno, são só duas salas e poucas mesas, sem frescuras, com um ar alemão nos detalhes e respirando história.
Pra quem, como eu, não conhece o Rock’s, sua especialidade é aculinária alemã e o restaurante existe desde 1964, quando o Roque iniciou servindo apenas petiscos e chopes. Depois, começaram a servir os filés, que hoje são a estrela da casa, mesmo com novos proprietários. Sabe aquela sensação de lugar que te abraça?
A comida nem tinha chegado ainda e eu já estava muito feliz. De fato, era isso que eu queria pra nossa noite! Faltava um detalhe: escolher o vinho. O Rock’s, como bom restaurante alemão, pede uma cerveja. Mas não sei se foi o frio, a minha adoração por vinho ou o fato deles estarem ali, tão lindos, do nosso ladinho, que a escolha foi por eles.
Vinho escolhido: um La Linda Malbec, um dos nossos preferidos! Bora começar a comer né, gentem? Começamos os trabalhos com os bolinhos, que na minha pesquisa pré-ida-ao-Rock’s, apareceram entre os destaques da casa. Merecido, eu diria. Direto ao ponto: dá uma espiada no Bolinho de Aipim com Carne Seca e Requeijão.
Sequinho e crocante por fora. Muito recheado. E que recheio ma-ra-vi-lho-so! Coloca um azeitinho ó e parte pro abraço!
E o segundo escolhido da noite: o croquete. Mas Bianca, tu vai em um restaurante alemão e pede croquete? Oh, yeah! Peçam e depois a gente conversa.
Minha dica: incrementa ele com essa mostarda bem de leve da casa. Tipo leve.
É brincadeira, gente. Ela é beeeem forte. Vai com calma! Tem até uma marcação vermelha pro pessoal cuidar na hora de se servir!
Vamos para os pratos principais? Íamos. Até que lembramos de pedir ela: a salsicha bock. E são várias opções: fatiada, acebolada, gratinada, e acebolada e gratinada. Adivinha qual foi nossa escolha?
Puxaaaaa esse queijo, pega um pouco da cebola, coloca uma mostardinha e seja muito feliz.
Estávamos entre três pessoas (que comem muito bem, obrigada!) e íamos pedir dois pratos principais. Até que o simpático e atencioso garçom nos avisou que um seria suficiente pra gente, já que havíamos queimado a largada com as entradas! Bateu aquele medinho, mas confiamos nele. Eu queria muito aquele filé que comentei lá no início do post, mas ele vinha com arroz e salada de batatas. E a chata aqui queria spaetzle. Até que novamente o querido garçom nos avisou que poderíamos trocar os acompanhamentos por spaetzle. Manda ver, então, moço!
Olhaaaa eleeeee! O spaetzle. Gratinado, quentíssimo, lindo, esperando aquele momento sublime: a primeira colherada! E junto com ele, veio o tão esperado filé, o Colchão Alemão. E, sim, o garçom amigo tinha razão. Ele é grande. Bem grande. E ainda pedimos que ele viesse com um molho de nata. Afinal, não há limites quando se fala de comida. O post tá ficando grande, eu sei, mas olha ele ali, de pertinho. Com aquela pontinha crocante, com o molho aveludado. Tá sentindo o mesmo que eu? Vontade de sair correndo pra lá agora, né?
Mas não é só tamanho, não, galera! Ele é tão macio, que o garçom corta ele com colher, assim, na tua frente. Daqueles momentos que escorre uma lágrima. E essa lindeza toda no prato? Da série: muito queijo, muita maciez, muito sabor, muito amor. Até rimou. Poesia pura.
E como a zoera, meus amigos, ela não tem limite, ainda deu lugar pra um docinho. Daqueles que vêm na mesa assim, sem tu nem pedir, e que não tem como resistir.
Prometo, acabou aqui! A conta pra três pessoas e todas essas maravilhas ficou em R$168,30 sem as bebidas! E eu voltei pra casa com um sorriso até as orelhas de ter descoberto um lugar tão incrível e que, certamente, vai ser nosso novo queridinho da cidade! Não é de uma alegria sem tamanho quando isso acontece?
destemperados
Tradição e (muita!) qualidade no Rock’s
Destemperados
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