Restaurante novo na cidade pra mim é tipo ganhar presente. Amo! Pode ser só uma impressão, mas Porto Alegre ultimamente tem nos surpreendido com novos lugares e, o melhor, novos conceitos! O Cozy, localizado em uma zona residencial e ocupando o que era antes uma casa, nos surpreendeu por vários fatores, mas um dos principais foi a versatilidade. Um único lugar, várias possibilidades! São diversos ambientes, cada um com uma proposta e dá vontade de voltar várias vezes e experimentar cada um deles. Começando pelos jardins, um na frente, que em dias mais propícios pode acomodar mesinhas exclusivas – não foi o caso dessa noite fria e chuvosa, infelizmente.
E um atrás, com mesinhas na varanda e essa vista delícia. Nos fundos da casa mais uma possibilidade: um futuro espaço para eventos.
E que tal um almoço de negócios ou um jantar especial entre amigos nessa sala? #achochique
Ainda dá pra dar uma passadinha na adega antes.
Ou simplesmente tomar uns bons drinks e comer uns petiscos nessa sala feita pra isso!
Aliás, vale dizer que a casa conta com mixologistas! Mixo o quê? Então, descobri que mixologista é um especialista em drinks e suas misturas e harmonizações. Um diferencial bem interessante e que, claro, também entrou na nossa experiência!
Maaaas, até aqui a missão continuava sendo decidir onde ficar entre tantas opções. Falei que o lugar era versátil, gentem! Bom, o clima era de jantar a dois, uma noite mais romântica e a escolha da vez foi a sala da lareira. Uma delícia de lugar!
Bem acomodados, agora sim, vamos ao que (mais) interessa! E para começar, couvert, sempre. Sabe aquela pessoa que nunca dispensa o couvert? Sou dessas. E esse além de lindo, era muito bom! Caponata de abobrinha, mousse de peixe e manteiga de tomate seco acompanhavam os pãezinhos e palitinhos.
Experimentar um drink era quase obrigação, neam! E optamos por seguir a sugestão da casa com um Clericot diferenciado e exclusivo do Cozy. Valeu a pena! Em quase nada lembra o que tomamos por aí, e pra quem, como eu, não é muito de bebidas adocicadas, esse estava doce na medida!
Depois do couvert, escolhemos uma entrada para compartilhar, uma salada americana: folhas verdes, ovo poché de galinha caipira, croutons, lâminas de bacon e lascas de frango marinado à moda sichuan. Surpreendente! Sério, não sei qual foi a mágica aí, mas estava simplesmente maravilhoso. Com o perdão do trocadilho, mas era um prato “cozy”, daqueles que confortam até a alma.
Hora dos pratos principais. As opções mudam a cada dia (olha a versatilidade aí!), e tem serviços diferentes durante a semana e no fim de semana, assim como no almoço e no jantar. Vale dar uma conferida na página deles no Facebook e dar uma ligadinha para mais informações. As nossas escolhas foram rápidas dessa vez (ufa!)! O Henrique, como bom apreciador de carne, foi no Tornedor de Filet à Toscana. Um filé assado com ragu de rabada de boi, acompanhado de batata rosti e minitomates assados ao molho de vinho Montalcino.
Eu tenho um problema sério, não consigo negar polenta. E essa vinha acompanhada de Javali. Acompanhada porque o que importava mesmo era a polenta, óbvio, cremosa ao leite com gorgonzola e com molho de cerveja escura.
Preciso contar que rola uma certa competição de quem pede os melhores pratos entre eu e o Henrique. Eu geralmente levo a melhor, mas dessa vez (odeio admitir), o filé ganhou. Estava mais saboroso e no ponto perfeito! Eu me vinguei na sobremesa, com uma Marquise de chocolate acompanhada de ganache de chocolate branco, cream cheese, fava de baunilha e limão siciliano. Aiai, o gostinho da vitória foi doce. E delicioso.
Não que a sobremesa do Henrique não estivesse boa, longe disso. Um fondant de doce de leite uruguaio não tem como ser ruim!
Para os pratos principais, fomos de vinho tinto (um Malbec La Flor, da Bodega Pulenta, excelente), mas na sobremesa, seguimos mais uma vez a sugestão do drink como harmonização. E que surpresa deliciosa!
Hora de ir embora, mais um expresso pra esticar (não queríamos sair dali) e a conta, por favor. O total ficou em torno de R$100 por pessoa, sem as bebidas. Antes de dar tchau, vale registrar (já que pelas fotos a gente não consegue) que o atendimento foi incrível do início ao fim. Mesmo. Do manobrista educadíssimo e desejando boas-vindas, ao maitre, que fez questão de saber como havia sido nossa experiência e se havia algo que poderiam melhorar. É de lugares assim que Porto Alegre precisa. E agora é a minha vez de dizer: bem-vindo, Cozy!
destemperados
Cozy: acolhedor em todos os sentidos!
Destemperados
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