
Nos últimos anos, algumas histórias das 18h apresentaram temas complexos, cenas dignas de superproduções e temáticas mais densas. Apesar de escritas para o finalzinho da tarde, poderiam facilmente ser exibidas no horário nobre. É o caso de A Vida da Gente (2011), atual reprise do horário. Revendo a trama, encontrei diversas características de folhetins das 21h.
Drama e conflitos
A novela de Lícia Manzo tem pelo menos duas personagens que podem ser consideradas vilãs. Eva (Ana Beatriz Nogueira) vive dizendo barbaridades à filha Manuela (Marjorie Estiano), enquanto superprotege Ana (Fernanda Vasconcellos). Já Vitória (Gisele Fróes) não se arrepende nem um pouco de ter entregue Alice (Sthefany Brito) para adoção: quer mais é que a primogênita mantenha distância. Uma novela com Eva e Vitória, certamente, não se chamaria "Amor de Mãe".

A Vida da Gente tem toques de comédia, como a tresloucada Cris (Regiane Alves). Também há um triângulo amoroso potente, que nos deixa em dúvida sobre que lado escolher, com Ana, Rodrigo (Rafael Cardoso) e Manuela. Enfim, um novelão para ninguém botar defeito. Merecia o horário nobre com louvor.