Um programa sobre games e cultura pop na madrugada da TV aberta era uma aposta arriscada. Afinal, a audiência desse tipo de assunto está toda concentrada na internet. Ter um jogador experiente por trás do joystick, no entanto, parece ter feito a diferença e o Zero1 passou de fase: com Tiago Leifert no comando, a atração nerd da Rede Globo estreia sua segunda temporada na madrugada de sábado para domingo. Ainda ocupando a faixa de horário após o Altas Horas, mas com o dobro de episódios programados, o Zero1 vai seguir no formato que o consagrou, com convidados especiais, gameplays, reportagens e interação com os espectadores.
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Como você avalia a primeira temporada do programa?
Acho que superou qualquer expectativa. Na primeira temporada, a gente estava encontrando nosso caminho. Entendendo como balancear o programa e a linguagem da televisão com a língua que as pessoas estão acostumadas a consumir na internet. E o mais legal é que acho que conseguimos encontrar essa fórmula, tanto é que estamos de volta e com uma encomenda maior que o ano passado: a temporada mais que dobrou de tamanho.
E o que se pode esperar da nova temporada?
Seguimos no mesmo horário, depois do Altas Horas. Acho que a principal novidade será a duração da temporada, já que agora teremos mais episódios e ficaremos no ar até o final do ano. E agora, com mais tempo, vamos fazer bastante coisa temática durante o ano, vamos poder cobrir mais eSports e feiras até dezembro. Temos também vontade de manter o programa vivo ao longo da semana, com lives e desafios ao vivo na internet… mas ainda são sonhos.
Quem é o público do Zero1, afinal?
Uma das coisas que mais nos surpreendeu na primeira temporada foi como a gente foi abraçado pelo público logo de cara. Isso foi muito legal para a gente. É um assunto muito específico, mas mesmo assim nos apoiaram e abraçaram a nossa a causa desde o começo. Nos ajudaram muito. E fora isso, recebíamos mensagens do tipo "não tenho ideia do que você está falando, mas eu assisto o seu programa". Eu acho engraçado, porque além dos fãs deste mundo, tem alguém que está assistindo televisão sábado à noite, não sabe nada de videogame e curte o programa para dar risada. O bacana é que, por mais que você não seja um nerd, você vai ser se assistir o Zero1 direitinho (risos). A segunda temporada mostra que conquistamos esse espaço. Eu não sei se tem programa de vídeo games na tevê aberta no mundo. Talvez a gente seja a única emissora de tevê aberta que tenha um programa fixo, isso é um extremo orgulho para toda a equipe. Nosso desafio agora é ampliar a comunidade: converter mais gente ao mundo nerd.
Esse público tem alguma influência na pauta do programa?
A interação com o público é a alma do Zero1. Depois da estreia da primeira temporada, por exemplo, recebemos muitas mensagens com sugestões e dicas para o programa. A necessidade de um gameplay mais longo, que fica disponível exclusivamente online, nasceu através do pedido do público. Esse "patch" é necessário e vamos sempre testar algumas sugestões que chegam. O que é muito bacana, faz a gente evoluir.
Há planos para o programa se estender para a internet, uma vez que boa parte do público desse tipo de assunto está lá e não na TV?
Queremos ter nosso conteúdo em várias plataformas. A gente vai repetir essa estratégia de rede, que usamos no BBB, com o Zero1, então você vai encontrar a gente em todos os lugares, com conteúdos adaptados para cada espaço, como redes sociais, por exemplo.
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Gustavo Brigatti
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