Paulo Miklos, que surpreendeu o cenário musical ao anunciar a saída dos Titãs, em julho, vive nova fase. Além de iniciar carreira solo, ele também vem ganhando destaque nos últimos anos como ator. E a nova fase também é marcada pela parada total com os vícios: ele afirma estar livre do vício há cerca de dez anos, principalmente cocaína, cigarro e álcool.
Em entrevista ao Uol, o cantor, bem-humorado, descreve o período de excessos como "a mais longa adolescência do mundo".
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Na entrevista, ele lembrou do auge do grupo, em meados dos anos 1980, quando os roqueiros viviam o auge das canções de protesto e polêmicas, como Diversão e Polícia - mesmo período em que compunham músicas a base de pó, Naquela época, ele passou a usar medicamentos controlados, e entrou em depressão. Hoje, apesar de não se arrepender de nada, ele diz que jamais faria o mesmo. Até porque, para ele, não existe "ex-viciado".
– A gente sempre tem um potencial dentro da gente. E precisa se vigiar o tempo todo. Eu sei que é preciso ter esse distanciamento muito claro. E, mesmo tendo essa clareza, tenho que admitir que ainda vai ser difícil socialmente, para mim, lidar com o fato de as pessoas estarem me oferecendo coisas. Quando dizem: "Pô, cara, bebe com a gente". É uma coisa natural – afirma Paulo, que além de uma peça de teatro, já fez dez séries, duas novelas, esteve em dez filmes e trabalha no seu primeiro disco solo da carreira.
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Cantor, ex-integrante dos Titãs, falou sobre o longo tempo em que usou drogas. No período, roqueiros chegaram a compor sucessos após o uso de cocaína.
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