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Surgido em 2013 para preservar a rica herança musical dos festivais nativistas, O Grande Encontro chega agora a sua 4ª edição. E, a exemplo dos anos anteriores, uma multidão de baguais e campeiros dividirão o palco do Araújo Vianna com artistas mais contemporâneos – todos, no entanto, comprometidos em celebrar o cancioneiro gaúcho.
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Vencedor do Prêmio Açorianos de melhor espetáculo de 2013 e indicado nos anos seguintes, em 2016 o Grande Encontro reunirá 83 artistas de todas as querências defendendo clássicos da música popular do Rio Grande do Sul. Alguns subirão ao palco solitos, enquanto outros formarão duplas, trio e até quartetos.
– Alguns a gente juntou por afinidade, né? Por exemplo, o pessoal do Tambo do Bando é fã do Luiz Carlos Borges, então colocamos eles juntos – explica Ayrton Patinetti dos Anjos, produtor musical e criador do Grande Encontro. – Outros é para fazer alguma coisa diferente, bem moderna, como o que o Gilberto Monteiro e o Hique Gomes estão planejando.
Se nas duas primeiras edições o show contemplou somente as canções que fizeram sucessos nos festivais, no terceiro ano o repertório foi mais abrangente e contou com o acompanhamento da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Agora, também a seleção de participantes foi mais heterogênea, incluindo, além de Hique Gomes, o grupo Rock de Galpão (que fará dobradinha com Bonitinho no clássico Reconheço que sou grosso, de Gildo de Freitas) e os irmãos Kleiton e Kledir (que apresentarão seu hit Maria Fumaça).
– Sem querer, fizemos O Grande Encontro mais bagual e ao mesmo tempo mais pop de todos _ afirma Patinetti.
Os artistas se revezarão no palco do Araújo Vianna em esquema de bailão, com uma atração chamando a outra para tocar, acompanhadas por uma banda base formada por Guilherme Goulart, Marco Michelon, Matheus Alves, Miguel Tejera e Paulinho Goulart. A única parada será para homenagear o folclorista Paixão Côrtes, o Conjunto Farroupilha e o músico e apresentador de TV Nico Fagundes (1934 – 2015). Fora isso, será música do começo ao fim, começando pelo Hino Rio-grandense.
– Ah, essa foi outra coisa que a gente teve que mudar. Não dá mais para colocar o hino no final, porque o público e os músicos ficam cantando e não vão embora _ brinca Patinetti.
AS ATRAÇÕES
Cristina Sorrentino e Karlo Kulpa – Hino Rio-grandense
Luiz Carlos Borges e Tambo do Bando – Roda carreta
Shana Muller, Pedrinho Figueiredo, Daniel Sá e Vitor Peixoto – Era uma vez
Gilberto Monteiro e Hique Gomes – Saudades de Colônia
Guri de Uruguaiana – Virtudes
Mário Barbará e Chico Saratt – Campesina
Daniel Torres e Dante Ramon Ledesma – América Latina
Érlon Péricles, Angelo Franco e Adair de Freitas – Previsão
Bebeto Alves e Quartchêto – Tum Tum Tum
Luiz Marenco – Pra o meu consumo
Joca Martins e Juliana Spanevello – Sábio do Mate
Canto Livre e Jair Kobe – Baile de Candeeiro
João Chagas Leite e Wilson Paim – Ainda existe um lugar
João de Almeida Neto e Délcio Tavares – Provinciano
Pirisca Grecco, Mauro Moraes e Ita Cunha – Milongueando uns troço
Mano Lima – Estouro de Tropa
César Oliveira & Rogério Melo e Oswaldir & Carlos Magrão – O roubo da gaita velha
Gaúcho da Fronteira e Berenice Azambuja – É disso que o velho gosta
Rock de Galpão e Bonitinho – Reconheço que sou grosso
Kleiton & Kledir – Maria Fumaça
Cristiano Quevedo, João Luiz Corrêa, Régis Marques e Marcello Caminha – Bagual Corcoveador
Os Serranos, Adelar Bertussi, Gildinho e Bruno Neher – Cancioneiro das Coxilhas
Elton Saldanha, Os Fagundes e Cavaleiros da Paz – Cavaleiros da Paz