Se eu pudesse escolher mais uma atividade inviável (além do latim, da poesia, do saxofone), gostaria de ter um programa de televisão que percorresse as livrarias do Brasil para apresentá-las, mas somente as de rua, aquelas que, como os antigos cinemas desaparecidos, guardam o charme de estarem em contato com as calçadas, de terem o próprio café, habitadas por livreiros dedicados, entregues a um metiê obsoleto: saber o livro que ainda não sabemos querer, cuidar dos volumes como se não fossem meras caixas de sapato.
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