A comissão formada pela Secretaria do Audiovisual, órgão do Ministério da Cultura, anunciará nesta segunda-feira o representante do Brasil na disputa pela indicação ao Oscar de filme estrangeiro em 2017.
Desde o seu início, o processo foi cercado pela polêmica em torno de Aquarius, longa de Kleber Mendonça Filho que é um dos 17 concorrentes à vaga – e, pela carreira internacional que construiu, tornou-se favorito à vaga.
Um dos integrantes da comissão de seleção, o jornalista Marcus Petrucelli, fez nas redes sociais críticas às manifestações do diretor e da equipe de Aquarius durante o Festival de Cannes, em maio, queposicionaram-se contra o impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
Cineastas, produtores e críticos de cinema questionaram a continuidade de Petrucelli na comissão – dois integrantes pediram desligamento, mas o jornalista permaneceu.
Três dos melhores longas-metragens nacionais do último ano, Mãe só há uma, Boi neon e Para minha amada morta, não foram inscritos na disputa por seus diretores (respectivamente Anna Muylaert, Gabriel Mascaro e Aly Muritiba) em solidariedade a Mendonça Filho.
Além de Aquarius, estão na lista, entre outras produções, Chatô – O rei do Brasil, de Guilherme Fontes, Nise – O coração da loucura, de Roberto Berliner, e O roubo da taça, de Caíto Ortiz.