Duo de trap music formado pelo DJ Zegon e por André Laudz, o Tropkillaz é um dos nomes mais importantes – talvez o mais importante – da música eletrônica nacional. Com um currículo que inclui apresentações nos festivais Lollapalooza e Tomorrowland Brasil, no ano passado, e um remix de Hide, do N.A.S.A. (duo do próprio Zegon com o americano Squeak E. Clean), incluído em um comercial veiculado durante o Super Bowl, a dupla se apresenta pela primeira vez em Porto Alegre.
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No Opinião, às 23h, Zegon e Laudz devem tocar músicas que já vêm tocando em clubs dos Estados Unidos e da Europa, como Baby Baby, lançada em 2014, Assets, parceria com o grupo holandês Yellow Claw, e Tombei, sucesso na voz de Karol Conká. Os ingressos custam R$ 80, em primeiro lote. Confira a entrevista do DJ Zegon concedida a ZH por e-mail.
Vocês sempre destacam nas entrevistas que a maior parte dos fãs de vocês são gringos e que o trabalho do Tropkillaz é pouco valorizado no Brasil. Por que vocês acham que acontece isso? A música eletrônica sofre mais dificuldade no Brasil do que em outros países?
O nosso estilo e um estilo que demorou um pouco pra chegar aqui no brasil, as pessoas demoraram um pouco pra entender o que era o trap, por ser algo novo. Mas agora as coisas mudaram bastante, estamos tendo muito reconhecimento aqui no nosso país, e isso é muito importante para a gente.
Recentemente, vimos artistas estrangeiros virem ao Brasil e tocarem músicas de gente como MC Carol no palco. Como a música popular do Brasil é vista em outros países?
A música brasileira é muito respeitada e admirada mundialmente, por ser única. O funk, por exemplo, é um estilo brasileiro que muitos DJs tocam, mesmo sem entender o que dizem as letras, pois a voz dos MCs soa como um instrumento, e a batida é muito envolvente e única. É um ritmo muito dançante e cativante para pistas em geral.
O Tropkillaz surgiu como hobby e acabou estourando. Como vocês planejam dar continuidade a suas carreiras, levando em conta o sucesso do Tropkillaz? Deixou de ser hobby e virou uma prioridade?
Com certeza absoluta o Tropkillaz é nossa prioridade. Fazemos pouca coisa separados, fazemos algumas shows solo quando nao tem shows do Tropkillaz, mas em termos de produção estamos 100% focados no nosso projeto.
Depois de tocar no intervalo do Superbowl, a representatividade de vocês crescem muito nos EUA? É uma espécie de "antes e depois" na trajetória da banda?
Sem dúvida, foi um dos marcos da nossa carreira até hoje. Depois disso, muita coisa mudou e cresceu na nossa carreira internacional. Foi muito importante para o Tropkillaz.
Quais são os planos para agora? Pretendem continuar investindo no Tropkillaz, têm algum disco já planejado?
Estamos finalizando nosso EP, que sera lançado pela gravadora americana Mad Decent, e trabalhando em alguns discos de artistas nacionais, como Karol Conká. Muita coisa nova está a caminho neste ano de 2016.
Tropkillaz
Nesta quinta, às 23h.
Opinião (José do Patrocínio, 834).
Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 45 (promocional, mediante doação de 1kg de alimento), em primeiro lote, à venda nas lojas Youcom dos shoppings Bourbon Wallig (sem cobrança de taxa), Praia de Belas, Bourbon Ipiranga, Barra Shopping Sul e Bourbon Novo Hamburgo, nas lojas Multisom Andradas 1001, Canoas Shopping e Bourbon São Leopoldo ou pelo site Minha Entrada (sujeito a cobrança de taxa de R$ 5). Desconto de 50% para sócio do Clube do Assinante ZH e acompanhante.