Cineclube ZH reune fãs de cinema e Shakespeare na pré-estreia de "Macbeth"

A nova versão cinematográfica da saga de ambição e vingança de Macbeth reabriu os trabalhos do Cineclube ZH, na manhã deste sábado, no GNC Moinhos. A sessão, comemorativa aos 50 anos do 2º Caderno, foi seguida de bate-papo com a professora Kathrin Rosenfield, doutora do departamento de Filosofia da UFRGS.



Filme e debate derrubaram da cama tanto amantes do cinema quanto de Shakespeare (autor da peça que inspirou o filme), que lotaram a sala de projeção para assistir à adaptação do diretor Justin Kurzel com Michael Fassbender e Marion Cotillard nos papeis principais. Iniciativa do 2º Caderno, o Cineclube ZH procura sempre trazer em primeira mão filmes que chegarão em breve ao circuito de cinema.

Dias antes da sessão deste sábado, o evento, com entrada franca, estava com ingressos esgotados e fila de espera. A estudante de Letras Katia Toledo foi uma das espectadoras, junto da amiga, Juliana Simen.

- Não tinha como perder, né? Shakespeare é obrigatório e o Fassbender é um arraso - disse. - E gosto bastante dessa ideia de conversar depois do filme, porque aí ele permanece mais vivo.



No bate-papo, a professora Kathrin explanou sobre as diversas leituras que Macbeth já teve ao longo do tempo e como o filme de Kurzel dialoga com o texto original.

- O foco do livro é mais o drama, não tem tanta ação, então estava curiosa para saber como eles transportariam isso para a tela - comentou.

Durante sua breve palestra, com mediação do jornalista Roger Lerina, Kathrin ainda elogiou a adaptação de Kurzel pelo uso das cores, que ajudam a expor sentimentos que no livro estão implícitos. E ficou especialmente impressionada com a sequência final, reinterpretada pelo diretor de maneira bem diferente do original.

- Fiquei toda arrepiada, porque trouxe a peça para mais perto da gente, do nosso tempo.