No seu Ensaio sobre os Costumes no Rio Grande do Sul, João Cezimbra Jacques, entusiástica e exageradamente, afirma: "Pode-se quase dizer que todos os rio-grandenses são poetas, pois que a risonha e mimosa perspectiva de seu solo os excita naturalmente para a poesia". E cita, referindo-se a um pretenso "bardo rústico" que fora soldado farrapo, que sabia apenas assinar o nome, a seguinte estrofe rimada: "Pode do mundo a grandeza / Reduzir-se toda ao nada / E ver-se toda mudada / A ordem da natureza / Esta vasta redondeza / Matizada de mil cores / Pode o autor dos autores / Mudá-la em céu de repente / E desse modo igualmente / Pode o sol produzir flores".
Coluna Pampianas
Vinícius Brum: Pedro Canga
O colunista escreve mensalmente no 2º Caderno