Oximoro é uma figura de linguagem formada a partir da junção radical de dois elementos discrepantes, unidos em aparente absurdo, como naquele verso em que Camões definiu o amor como um "contentamento descontente". Alguns oximoros acabaram datados, o "sol negro", por exemplo, buscado pelos alquimistas. Outros seguem efetivos, são percepções humanas que escapam à lógica da linguagem, a "lúcida loucura", que sabemos possível, quando não desejável. E há ainda os oximoros escondidos em nosso dia a dia, aceitos já sem espanto, com a naturalidade das metáforas mortas, como "poço de luz".
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