1 mestre
Das constantes loas que não cansa de dedicar ao mestre JOÃO GILBERTO, uma definição de Caetano sobre o conterrâneo talvez seja lapidar: ele é "o x do problema". Para Caetano - e não só para ele -, o cantor que moldou a estética da bossa nova seria também o grande responsável pela modernização da canção popular brasileira. Entre as diversas colaborações entre os dois artistas, está João, Voz e Violão (2000), disco vencedor do Grammy cuja produção musical é de Caetano.
1 canção
No disco Velô, de 1984, Caetano gravou uma das canções mais geniais de sua extensa obra, LÍNGUA. Em ritmo de rap, a letra espelha e amplia o sincretismo cultural proposto anos antes pelo Tropicalismo. Flanando entre o pop e o erudito e registrando o idioma das ruas, Caetano faz uma ode ao idioma de Camões e Rosa: "Flor do Lácio Sambódromo / Lusamérica latim em pó / O que quer / O que pode esta língua?"
1 livro
No ensaio VERDADE TROPICAL, lançado em 1997, Caetano revê criticamente a experiência do Tropicalismo. No livro, Caetano também relembra sua formação musical e a infância e adolescência em Santo Amaro, além de recuperar episódios como a prisão e o exílio em Londres. Neste ano, o crítico Roberto Schwarz publicou um livro em que critica a postura política de Caetano, mas elogia a prosa vigorosa do ensaísta de Verdade Tropical.
1 show
Chega a Porto Alegre no próximo dia 23 de agosto o espetáculo em que Gal Costa canta as músicas do seu último disco, chamado RECANTO, que tem canções e produção de Caetano Veloso. O show, também dirigido por Caetano, mistura clássicos do compositor às canções eletrônicas e experimentais do último disco.
1 filme
Notório cinéfilo, Caetano trabalhou como crítico de cinema para o Diário de Notícias, em Salvador, na década de 1960, antes de se dedicar à música - e seu chefe no jornal baiano era ninguém menos do que Glauber Rocha. Constantemente solicitado a compor para filmes brasileiros, Caetano arriscou-se na direção de um longa-metragem em 1986.
CINEMA FALADO brinca no título com a folclórica verborragia do autor e é uma colagem de cenas variadas, que incluem comentários sobre temas como literatura, filosofia, música, dança e o próprio cinema, ilustrados por belas imagens poéticas. Várias personalidades aparecem falando nesse filme-ensaio, como Regina Casé, Gilberto Gil, Elza Soares, Lulu Santos, Antonio Cicero, Chico Diaz, Dorival Caymmi e Julio Bressane - cineasta cujas obras têm uma estrutura fragmentada como a do Cinema Falado de Caetano.
Uma das sequências mais memoráveis é aquela em que Rodrigo Veloso, irmão de Caetano, aparece sambando miudinho na varanda da casa da família em Santo Amaro, ao som de Águas de Março com João Gilberto.
1 noite no oscar
Em 2003, Caetano foi convidado a participar da cerimônia do Oscar interpretando a música BURN IT BLUE, que fazia parte da trilha sonora do filme Frida, estrelado por Salma Hayek. A música concorreu ao prêmio de Melhor Canção. Aparentando nervosismo, Caetano pareceu relaxar apenas quando a cantora e atriz mexicana Lila Downs entrou no palco para dividir o microfone com ele.
1 lista
10 discos essenciais para entender a importância de Caetano na MPB
- Caetano Veloso (1969)
- Transa (1972)
- Jóia (1975)
- Bicho (1977)
- Muito (1978)
- Cinema Transcendental (1979)
- Uns (1983)
- Estrangeiro (1989)
- Circuladô (1991)
- Livro (1997)