Sean "Diddy" Combs foi acusado de exploração sexual por mais duas mulheres. Elas não tiveram os nomes divulgados, mas foram incluídas no processo contra o rapper por promotores federais.
Preso desde setembro de 2024, Combs já acumula mais de 120 acusações por crimes que envolvem estupro, abuso sexual, extorsão, entre outros.
Novas acusações estariam ligadas à primeira denunciante, Cassie Ventura, ex-namorada do rapper. Ela o acusou publicamente de violência doméstica, abuso e estupro.
Segundo documentos judiciais obtidos pelo TMZ, Diddy teria transportado mulheres para prostituição, oferecendo pagamentos, oportunidades de carreira e cobrindo despesas em troca de serviços sexuais.
O advogado do artista, Marc Agnifilo, defendeu seu cliente e criticou a abordagem da promotoria. Ele descreveu a teoria da acusação como "falha" e as alegações de que as mulheres eram prostitutas como "ridículas".
— A última acusação não contém novidades concretas. A teoria da promotoria continua falha. O governo acrescentou a teoria ridícula de que duas das ex-namoradas do sr. Combs não eram namoradas, mas prostitutas. O sr. Combs está mais comprometido do que nunca em lutar contra essas acusações e vencer no julgamento — afirmou.
Quando é o julgamento de Diddy?
O julgamento do rapper está marcado para 5 de maio de 2025. Ele responderá pelos crimes de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição. O cantor se declara inocente de todas as acusações.
Relembre o caso
Início do processo
O caso Diddy teve início em novembro de 2023, quando sua ex-namorada Cassandra Ventura, que se relacionou com ele entre 2007 e 2018, entrou com processo contra o rapper, acusando-o de agressão sexual, agressão física e tráfico sexual.
Após as declarações de Cassie, outras vítimas vieram a público. A lista de denunciantes inclui pessoas que seriam menores de idade na época dos crimes.
Em março de 2024, o Departamento de Investigações de Segurança Nacional (Homeland Security Investigations em inglês) realizou buscas na mansão do rapper em Los Angeles. Foram encontrados vídeos de abusos sexuais cometidos durante as festas do músico.
Já em maio, imagens nas quais o empresário aparece agredindo Cassie foram divulgadas na internet. Na época, Combs se pronunciou sobre o caso em uma declaração no Instagram.
— Assumo total responsabilidade por minhas ações naquele vídeo. Fiquei enojado quando fiz isso. Estou enojado agora — afirmou o rapper no vídeo publicado em seu perfil, que foi apagado posteriormente.
Prisão e repercussões
Diddy foi preso em 16 de setembro e levado para o Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, sob as acusações de agressão, extorsão, coerção, estupro, tráfico sexual e transporte para prostituição.
Desde então, informações sobre as festas promovidas pelo cantor se tornaram públicas. Os eventos, conhecidos como freak-offs, foram descritos pelo ministério público dos Estados Unidos como "maratonas sexuais".
Após a prisão de Combs, o advogado de parte das vítimas, Tony Buzbee organizou uma linha direta para receber denúncias contra o empresário. Segundo ele, o número recebeu 12 mil ligações em 24 horas.