O poeta e escritor gaúcho Luiz Coronel, 83 anos, anunciou que está disputando a cadeira 39 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Anteriormente, o posto pertencia a Marco Maciel, que morreu em junho deste ano, em decorrência de complicações da doença de Alzheimer. Natural de Bagé, Coronel tem mais de 70 obras publicadas.
Segundo o escritor, a candidatura tem diversos apoiadores, de acadêmicos como o gaúcho Carlos Nejar a ex-governadores.
— Serei uma pessoa voltada para o convívio social com proposições. Gostaria de propor, no primeiro dia, um livro que mostrasse o Brasil de hoje sob o olhar da ABL. A função intelectual não deve ser partidária, e sim esclarecedora, em um mundo cada vez mais turvo — aponta Coronel, em conversa com GZH.
Considerado um dos grandes letristas do regionalismo local, Coronel também é autor de crônicas e livros de prosa com causos de bolicho e de galpão.
Ele se dedica ainda a produção de livros-carta, com distribuição gratuita em diversos eventos culturais. Seus cinco primeiros livros-carta, lançados em parceria com a Editora Gazeta, foram Revolução Farroupilha (sobre aspectos históricos da Guerra dos Farrapos), Coração Farroupilha (de temática gauchesca), Vinte Poemas de Amor e uma Balada Indagativa, Poemas da Aguerrida Esperança (poesia de cunho social) e O Mar (que trata sobre o verão). As obras tiveram tiragem de 12 mil exemplares.
A intenção de Coronel, com sua candidatura, é ser representante do Estado, que, segundo ele, é formado por grandes nomes da literatura.
— Quero ser um grande nome para essas pessoas, como o Verissimo, a Lya Luft, tenho muitos pares de qualidade na Academia Rio-grandense de Letras, então quero ser um representante desse empenho criativo também marcando os novos talentos — promete.