O melodrama é um gênero subestimado por conta dos excessos de açúcar e lágrimas que roteiristas e diretores menos talentosos lançam sobre enredos que, de maneira geral, transitam pelo caminho dos romances tortuosos, das fissuras familiares e das lições edificantes de superação. Mas, vez que outra, surgem realizadores como o norte-americano Derek Cianfrance, que, em A luz entre oceanos, reforça a elevada potência desse gênero sobre o espectador quando se combinam a boa história, o elenco afiado e a mão segura de quem harmoniza o conjunto sem apelar para o golpe baixo do sentimentalismo desmedido – como se costuma ver nas adaptações para o cinema de best-sellers desse estrato.
Solidão a dois
"A luz entre oceanos" mostra casal diante de um doloroso impasse
Drama estrelado por Michael Fassbender e Alice Vikander adapta romance ambientado em uma ilha da Austrália após a I Guerra Mundial
Marcelo Perrone
Enviar email