Criada em 10 de junho de 1972, a Fundacred surgiu oficialmente no segmento de crédito educacional para pensar e trabalhar o acesso à educação no Brasil. A fundação sem fins lucrativos, com sede em Porto Alegre, completa 50 anos com uma atuação consolidada em todo o país. Neste ano, a Fundacred celebrará a data com diversas atividades previstas para acontecer ao longo de todo o dia 10, além de homenagens aos colaboradores que fazem parte da história da fundação.
Referência nacional no setor de crédito educativo, a fundação tem se destacado nos últimos anos com foco em ações inovadoras, como a digitalização total de seu sistema e diversificação de produtos, como o segmento de crédito educacional também para alunos do Ensino Médio, além do Superior.
O crescimento da organização nestas cinco décadas foi de extrema dedicação. Inicialmente, a fundação contava com três diretores e quatro funcionários, e toda a movimentação exigia arquivamento individual de documentos, datilografados em máquinas manuais. O crédito era denominado como Bolsa Retroativa de Estudos. O fator de reajuste utilizado na época era o salário mínimo. O bolsista recebia de um a três salários mínimos semestrais e devolvia o mesmo valor em 12 parcelas fixas mensais (pagamento feito por carnê). Não existiam taxas.
Os anos da década de 1980 e os altos índices inflacionários impactaram diretamente a Fundacred. Não existiam fatores de reajustes mensais para recuperação de créditos, o que acarretava uma grande redução na parcela na hora do ressarcimento, tornando as operações praticamente inviáveis. E logo começaram a entrar os planos econômicos.
— Era preciso a recuperação de 17 alunos para ofertar crédito para um. A gráfica Aplub elaborava as vias dos contratos de forma antecipada, por lote de 40 e 50 mil, e, a cada mudança fiscal, perdia-se em torno de 30 mil contratos. Como não havia concorrência no setor, a divulgação era realizada pelo buzz marketing — relembra o CEO da Fundacred, Nivio Delgado.
Na década de 1990, iniciou-se a implementação da informatização, sistema Cobol, com uma equipe específica para atender a fundação. Eram máquinas gigantes e os equipamentos ocupavam o andar inteiro da antiga sede.
Nos anos 2000, na virada do milênio, a fundação mudou-se para o quarto e o sétimo andar do atual edifício Fundacred. Na época, a mudança foi realizada pelos 17 colaboradores que atuavam na organização. Atualmente, a sede é de propriedade da fundação, que iniciou a aquisição pelo térreo e mezanino, após uma grande reforma.