As prefeituras da região da Campanha enviaram ao governo do Estado o pedido de protocolo de cogestão, para que haja flexibilização dos termos da bandeira preta na região, de acordo com o mapa do distanciamento controlado. O prefeito de Bagé, Divaldo Lara, diz que espera uma aprovação do governo do Estado. Caso não ocorra, ele afirma que os municípios da região entrarão na justiça para garantir que o comércio se mantenha aberto:
— Se o governo do Estado não aceitar os protocolos para cogestão, nós vamos entrar com mandado de segurança. Nós não vamos permitir o fechamento da região, sendo a segunda região com melhor desempenho a região da Campanha".
As regiões de Bagé e Pelotas estão em bandeira preta, de acordo com decreto definitivo emitido nesta terça-feira (15). Uma das mudanças trazidas no decreto é que o governo permitirá que municípios em bandeira preta que se encaixam na regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, adotem protocolos de bandeira vermelha. Antes, a prerrogativa só era permitida a municípios em bandeira vermelha para que adotassem regras da bandeira laranja. Nesta semana, oito municípios na cor preta cumprem os critérios da regra 0-0.
Embora seja o nível com mais restrições de atividades no modelo de distanciamento controlado, a bandeira preta não significa o mesmo que um lockdown, que implicaria em ainda mais restrições. A cor preta representa, segundo o governo do RS, que tanto a capacidade hospitalar quanto o contágio por coronavírus alcançaram níveis críticos nas regiões. Por isso, indica a necessidade de cuidados mais rígidos do que os já adotados na bandeira vermelha, segundo o Estado.
Dessa forma, com a retomada da cogestão, municípios em bandeira preta têm a opção de seguir regras mais brandas, como as da bandeira vermelha, se tiverem o protocolo de cogestão aprovado pelo governo. Este já é o caso de Pelotas.