
A pandemia de coronavírus afetou diretamente o setor de eventos culturais em razão das necessárias medidas de distanciamento social para frear o avanço da contaminação e, consequentemente, o número de vítimas. O mês de outubro é tradicionalmente marcado na região sul do Brasil pela comemoração da Oktoberfest. Neste ano, as três principais festas, realizadas em Blumenau, Santa Catarina, Santa Cruz do Sul e Igrejinha, no Rio Grande do Sul, foram canceladas em razão da crise sanitária.
Para não deixar a data passar em branco, nesses três municípios, as tradicionais festas, marcadas por chope, música e gastronomia típica alemã, buscam modelos alternativos diante das limitações impostas pela covid-19.
Igrejinha
Conhecida como a maior festa comunitária do Brasil, a Oktoberfest de Igrejinha foi transferida para 2021, mas os organizadores resolveram realizar uma ação que mescla atividades presenciais, respeitando o distanciamento social, e remotas. Batizado com o nome “Oktober em Casa”, o evento vai utilizar o sistema de drive thru para disponibilizar pratos típicos e chope em garrafa aos visitantes, no dia 17 de outubro. Dentro de seus carros, os participantes terão acesso gratuito ao Parque Almiro Grings, a partir das 16h.
Os veículos vão passar por um trajeto que conta com os estandes de seis entidades que comercializam alimentação durante a Oktoberfest. Os visitantes terão de respeitar o limite de quatro pessoas por veículo. A circulação fora dos automóveis é proibida. Além do chope vendido em growler de um e dois litros dos tipos Pilsen, Weiss e Ipa, os participantes também poderão comprar refrigerantes e água.
A partir das 19 horas, o evento parte para o lado virtual, oferecendo transmissão ao vivo de shows das bandas Choppão e Brilha Som, veiculadas no Facebook e no YouTube oficial da festa.
As apresentações serão em prol do Hospital Bom Pastor. O público que assistir ao evento poderá fazer doações por meio de código QR disponível na tela das transmissões.
Santa Cruz do Sul

Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp) tenta realizar o evento por meio de plataforma digital. A ideia do projeto é fazer transmissões ao vivo de um estúdio montado no Pavilhão Central do Parque da Oktoberfest, com a apresentação de bandas e grupos de danças locais.
Para isso, a entidade ingressou com o projeto cultural junto à Lei de Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul. A proposta está tramitando. Caso o pleito seja aprovado, a Assemp estima realizar a Oktoberfest Digital no final de outubro.
A Assemp também trabalha em outras atrações, todas digitais, que serão divulgadas nos próximos dias. A 36ª edição da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul, que estava programada para ocorrer neste ano, foi transferida para 2021, com o mesmo tema “Família, Comunidade e Educação”.
Blumenau
Também com evento transferido para 2021, a organização da Oktoberfest de Blumenau, em Santa Catarina, a maior o país, ainda estuda como serão as ações para marcar as comemorações em meio à pandemia de coronavírus. Segundo a prefeitura do município catarinense, detalhes sobre a programação e quais serão atividades serão divulgados nos próximos dias.