“Hoje cortei o cabelo no QG, busquei minha farda na lavanderia do QG, fui até o colégio D. J. Becker à noite e assisti aula de biologia, fui até o colégio para recordar o tempo que lá estudei, no ano passado, após fui para casa e dormi.” Esse trecho, escrito em 4 de abril de 1972, é o primeiro registro de Gilberto Fontoura em um diário. Na época, com 21 anos, ele não imaginava que o hobby fosse persistir por mais de cinco décadas. Hoje, aos 73, o aposentado luta para recuperar as mais de 17 mil folhas, agora amareladas e molhadas, que quase foram perdidas na enchente de maio.
Memórias em páginas
Notícia
Aposentado tenta recuperar 17 mil folhas de diários atingidas pela enchente: "Faz parte da minha vida e da minha família”
Os mais de 50 anos de relatos guardam pensamentos, marcos importantes e tarefas rotineiras da vida de Gilberto Fontoura, 73 anos. Os registros têm valor inestimável para o escritor, que é psicólogo e busca resgatar todos os papéis molhados e manchados pela água da cheia de maio
Yasmim Girardi
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