O perfil dos prefeitos da Região Sul é de homens brancos e mais velhos. Segundo dados de 2021 apresentados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média de idade entre os gestores municipais é de 51,5 na região, sendo a mais alta do país. Já o percentual de negros comandando as prefeituras é o menor do Brasil – apesar de 23% da população do Sul se declarar preta ou parda em 2019, somente 5,4% dos prefeitos da região disseram ser dessas raças em 2021.
Os dados fazem parte das Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) e Estaduais (Estadic), que trazem o resultado de investigações sobre instituições públicas em temas como o perfil do gestor, recursos humanos, legislação, educação, cultura, esporte e saúde.
Em 2021, a Região Sul “perdeu” sua liderança histórica como a com menos prefeitas mulheres do país, ficando atrás, desta vez, do Sudeste. O Rio Grande do Sul ficou em terceiro lugar, junto com Minas Gerais, entre os Estados com menor proporção de gestoras municipais femininas, com 7,4%. A maior proporção foi registrada em Roraima (26,7%), enquanto a menor foi no Espírito Santo (2,6%). Mais da metade da população brasileira é de mulheres.
Todas as gestões de políticas setoriais analisadas – Educação, Saúde, Cultura e Esporte – tinham maioria de homens comandando em nível estadual. Na área da Saúde, o RS foi um dos quatro Estados cuja pasta era comandada por uma mulher. Já em nível municipal, o predomínio feminino foi registrado nas gestões de Educação e Saúde.
A Lei Aldir Blanc, criada para auxiliar financeiramente a classe artística durante a pandemia, teve distribuição distinta entre os Estados. A Região Sul foi a segunda que mais distribuiu os recursos (61,2%), ficando atrás do Nordeste, que repassou 71,3% da verba que recebeu. O percentual é alavancado pelo Rio Grande do Sul, que fez a distribuição de mais de 90% do dinheiro previsto na lei, enquanto Paraná e Santa Catarina repassaram menos de 50%.