Marrony Amóa Zoró, menino miúdo que aparenta menos do que seus 13 anos, precisou deixar a floresta e desbravar a cidade grande para salvar sua vida. Morador da aldeia Ikolen, na terra indígena Igarapé Lourdes, no interior de Rondônia, na Região Norte do país, ele chegou a Porto Alegre com a família em abril. Doente renal crônico, veio em busca de tratamento na Santa Casa, centro de referência nacional em transplante renal pediátrico. Os rins do garoto não funcionavam mais, e ele dependia de uma máquina de diálise, à qual passava as noites conectado por meio de um cateter. Marrony, assombrado pela imensidão da Capital e por uma língua que não domina, teve de se adaptar a uma rotina em tudo diferente do que conhecia até então enquanto esperava por um doador.
Doação de órgãos
Da floresta para a cidade grande: índio de Rondônia ganha segunda chance após transplante em Porto Alegre
Família de Marrony, 13 anos, doente renal crônico, fala sobre as surpresas e as dificuldades de adaptação longe da aldeia onde vivem. Até o idioma é uma barreira