Neide Ramos Silveira, 48 anos, acomodou o sonho da mudança em 16 caixas de 32 quilos cada uma, despachadas no Salgado Filho em março do ano passado. Eram 45 painéis com estampas de personagens da Disney e de super-heróis, bichos de pelúcia, bandejas, toalhas, enfeites artesanais, suportes para doces. A decoradora de festas se mudava, ao lado do marido e de um dos filhos, com a intenção de continuar, em uma terra mais promissora, como empreendedora na área em que já acumulava quase 20 anos de experiência, mas que começava a minguar no Brasil devido à crise. Os clientes pechinchavam cada vez mais, e Neide cortava de sua margem de lucro para não perder o serviço.
Emigração
Gaúchos em Portugal: um choque de realidade para Neide e José Antonio
Com quase 20 anos de experiência em decoração de eventos, a empresária viajou com 16 caixas de 32 quilos cada uma e não encontrou um mercado receptivo ao estilo brasileiro de organizar festas infantis