No dia em que o Senado deve votar o projeto de lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo (PLS 612/2011), apresentado pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), a parlamentar defendeu a pauta em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha.
— Não tem porque a sociedade negar um direito a pessoas que são cidadãos, que pagam impostos, que não fazem mal a ninguém. Não vai tirar pedaço. Os argumentos (contrários) são muito absurdos. O amor é tão importante na vida de todo mundo. Você não poder assumir uma relação na vida é muito duro. É metade de você que não se realiza como ser humano — afirmou a senadora.
Marta Suplicy disse que em 1995, quando era deputada federal, já havia apresentado uma proposta para permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou resolução que garantiu a união no civil, e proibiu cartórios de se recusarem a formalizar o casamento gay. Agora, o objetivo é contemplar a decisão no Código Civil.
— (Antes da resolução) muitos cartórios não entendiam, outros eram contra a união. Depois, a coisa mais ou menos se regulamentou. Até hoje, é tudo resolução, mas lei é lei. Então, em 2011, eu fiz esse projeto de lei no Senado, que só agora, em 2017, nós vamos votar — disse a parlamentar.
Sétimo item da pauta desta terça-feira (5) no Senado, se aprovado, o projeto segue para a Câmara dos Deputados, onde precisa enfrentar a resistência da bancada evangélica.