A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Gravataí (FMMA) pediu laudos sobre o estado de saúde de 20 cervos do Pampas Safari que já foram abatidos, antes da determinação judicial, há cerca de 20 dias. A vistoria, realizada em um frigorífico na última semana, revelou que 20 animais foram mortos e quatro fêmeas estavam com filhotes.
O pedido foi encaminhado aos órgãos que determinaram e autorizaram o abate, que são a Coordenadoria de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Cispoa) e também o Ibama.
De acordo com o diretor-presidente da FMMA, Jackson Müller, ainda não está claro qual foi o critério de escolha e se, de fato, os animais estavam doentes.
– O que buscamos agora é o real estado sanitário desses animais quando foram para o abate – explica Müller.
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Ainda segundo o diretor-presidente, as carcaças foram levadas para a graxaria, o que pode prejudicar a emissão de laudos sobre a saúde dos animais. Já o Ibama, apesar de não ter recebido ainda nenhum documento, garante que todos os cervos tiveram uma amostra coletada.
Já no sistema do Cispoa, consta o registro do sacrifício desses animais, inclusive com uma nota fiscal gerada no valor de R$ 34 mil.
No final da tarde desta segunda-feira (28), a Fundação Municipal vai se reunir com o Ministério Público para determinar as próximas medidas no caso. Por enquanto, uma liminar proíbe que outros animais sejam sacrificados.
Questionado pela reportagem sobre o critério de escolha dos animais mortos e situação dos que ainda não estão no parque, um representante do Pampas Safari afirmou que não vai se manifestar.