Cadelinha adotada compartilha cobertor com cachorro de rua em Ivoti, no Vale do Sinos

Lana é um cadela que foi resgatada da rua em novembro do ano passado e parece ter preservado o sentimento de solidariedade compartilhado com ela. Na madrugada da última terça-feira (4), ela foi flagrada dividindo parte do cobertor novo que ganhou dos tutores com um cachorro de rua. O registro foi feito em Ivoti, no Vale do Sinos.

Na noite de segunda-feira (3), o designer Luiz Felipe Olkoski, 26 anos, colocou a coberta de Lana dentro da casinha, no quintal de casa. Na manhã seguinte, quando saiu para trabalhar, encontrou a cadelinha dormindo perto do portão, com parte da manta para o lado de fora, onde se aquecia o outro cachorro. Ele fez uma foto da cena e enviou para a noiva.

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Suelen Schaumloeffel, 26 anos, se emocionou com a caridade de Lana e compartilhou a foto no Facebook. Em dois dias, o post conquistou mais de 20 mil curtidas, 12 mil compartilhamentos e 3,3 mil comentários.

"Pode um cachorro ser mais solidário e racional do que nós, que nos dizemos humanos? Sim! Quantas vezes vemos um semelhante nosso passando necessidade e ignoramos, e não fazemos nada a respeito? Fingir que não viu não elimina o problema, mas dá a falsa sensação de que esse problema não existe", escreveu em seu perfil.

Suelen, que trabalha como repórter em um jornal da cidade, disse que ela e o noivo estão tentando se aproximar do novo amigo de Lana. Como o cão tem coleira e boa aparência, a jornalista acredita que ele tenha dono, e estão tentando localizá-lo. Enquanto isso, oferecem água e comida ao novo amigo.

– Ele (o cão) não está desamparado. Quando conseguir me aproximar dele, vou tirar uma foto para ver se encontro o dono – disse Suelen.

Lana, a cadelinha generosa, foi resgata da rua pelo policial militar Marciel Weber durante uma patrulha. Como as filhas do policial não se adaptaram com a cadelinha, Weber encontrou outra família para ela. Desde janeiro, Luiz Felipe e Suelen tomam conta de Lana, que tem a companhia de outros dois cachorros.

– Foi surpreendente a sensibilidade dela. Acho que por ela já ter sido de rua sentiu empatia pelo outro cão – completou Suelen.