As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias, deixando estragos e milhares de pessoas sem luz, são um fenômeno comum na região durante o verão, explicam os meteorologistas consultados por ZH. O alerta para novos temporais permanece para esta quinta-feira.
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No mês de janeiro, os gaúchos devem ficar preparados para mais chuva forte, avisa Gil Russo, meteorologista chefe da sessão de previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de Porto Alegre. O especialista afirma que a ocorrência dessas condições climáticas estão dentro do esperado para a estação. As intempéries que atingiram o Rio Grande do Sul têm algumas características: são marcadas por chuvas fortes, mas passageiras, e com possibilidade de rajadas de vento.
Na terça e na quarta-feira, os gaúchos acordaram com tempo nublado e céu encoberto, e o dia teve algumas aparições do sol, mas em determinada parte do dia, a chuva chegava com intensidade. Essas condições climáticas acontecem devido a uma combinação de fatores. Nos dias anteriores, o ar estava quente e seco. Uma frente fria que vem da Argentina ou da Antártica, com ar úmido, se choca com essa massa de ar quente que vem do interior do continente, de áreas como o Sudeste e Centro-Oste do Brasil, e que chega ao Sul provocando o temporal.
Quando as temperaturas estão altas, como nos últimos dias, e essa massa de ar fria se desloca para a região, há um contraste, que, quanto maior, mais chances há de temporais. Fábio Luengo, meteorologista da Somar, esclarece que o La Niña, um fenômeno que resfria a água do Oceano Pacífico equatorial e favorece a movimentação da frente fria em direção ao Sul, colabora para essa condição.
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