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As discussões sobre a reforma da previdência reforçam a importância de buscar uma segunda fonte de rendimento para a aposentadoria – o que não sugere, necessariamente, planos de previdência privada. De acordo com consultores financeiros e especialistas em direito previdenciário, garantir um acréscimo ao benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é fundamental, ainda mais em razão das incertezas diante das mudanças que se avizinham.
– O ideal é criar uma reserva financeira para a aposentadoria o quanto antes. Mas nunca é tarde para iniciar: faltando até cinco anos para se aposentar, dá para começar a economizar – recomenda o consultor financeiro Adriano Severo.
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Ele sugere aplicar em fontes diversificadas: títulos públicos, CDBs e uma pequena parte em renda variável, com a disciplina de sacar apenas anos mais para frente, quando chegar a hora da aposentadoria.
A sugestão por outro investimento que não seja a previdência privada se deve às tarifas elevadas cobradas para administrar o dinheiro: as taxas anuais de administração podem passar de 2% sobre o patrimônio, além das cobranças sobre cada contribuição – as taxas de carregamento.
– Essas cobranças podem corroer parte da aposentadoria – observa Severo.
Embora planejar um complemento à aposentadoria seja importante, não se deve abrir mão das contribuições ao INSS – opção de muitos autônomos –, afirma Jane Berwanger, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP):
– Apesar das restrições, a previdência pública ainda é a mais segura quando se avalia risco de um fundo quebrar.
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