Flavio Pechansky enveredou pela pesquisa acadêmica por ser um curioso crônico, xereta, inconformado – características fundamentais a quem se lança ao desafio de desvendar o universo científico. O psiquiatra porto-alegrense de 54 anos teve a trajetória profissional influenciada pela mistura de referências a que foi exposto dentro de casa: seguiu a carreira do pai, o psiquiatra e psicanalista Isaac Pechansky, mas com boa parcela de inspiração absorvida também da mãe, a artista plástica Clara Pechansky. Flavio optou pela especialização em dependência química, um campo promissor para estudos, nos anos 1980 – na época, o tratamento para alcoolismo ainda estava em fase incipiente, e os médicos da área eram chamados de "os loucos do alcoolismo".
Com a palavra
"Beber e dirigir ainda não é visto como altamente punível", diz o psiquiatra Flavio Pechansky
Médico porto-alegrense e pesquisador dos efeitos do uso de álcool e drogas fala sobre como o abuso de substâncias com consequências desastrosas é facilitado pela cultura e pelo ambiente social no Brasil
Larissa Roso
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