Na sala de coordenação do Curso Técnico de Meio Ambiente do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em Florianópolis, o pesquisador Walter Martin Widmer abre frascos de vidro como se dentro houvesse uma carta do tempo, processada há décadas. Mas nelas, estão mensagens do passado em formato de fragmentos de plástico - são, na verdade, restos de lixo marinho encontrados no litoral de Santa Catarina. Entre cordas, linhas e ferro oxidado, as pequenas partículas de plástico, do tamanho de um grão de arroz e reunidas em um punhado, são as que mais impressionam e preocupam. O plástico deteriorado pelo choque contra rochedos e movimentos das ondas cruza oceanos, intoxica animais e se acumula pelas praias.
Herança
No dia mundial da água, alerta é para a poluição dos oceanos
Pesquisas apontam que 260 mil toneladas de plástico flutuam em alto mar e causam problemas em diversas praias e animais ao redor do mundo
Erich Casagrande
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