A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quinta-feira o cancelamento do registro de próteses mamárias PIP (Poly Implants Protheses). A decisão, que deverá ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias, foi tomada diante da comprovação de que o silicone usado nas bolsas não era para uso em saúde e dos registros de rompimento dos implantes.
O uso dos implantes no Brasil já estava suspenso desde abril de 2010, quando foi constatada que a fabricante do produto, uma empresa francesa, havia usado silicone sem registros. De acordo com a Anvisa, das 34.631 unidades importadas, 24.534 foram comercializadas.
A recomendação é de que mulheres que receberam tais implantes procurem seus médicos para saber qual melhor procedimento a ser adotado.
- Caso a paciente não saiba a procedência do implante recebido, o melhor é procurar o médico, a clínica ou hospital onde o procedimento foi feito. Eles têm obrigação de manter registros - afirmou o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.
A prótese que agora será proibida foi comercializada no Brasil entre 2005 e abril de 2010. De acordo com Barbano, embora registros de reações adversas tenham sido feitos em outros países, a Anvisa não recebeu nenhuma comunicação de problemas relacionados ao implante no território nacional. Pelo menos 12 mil mulheres no Brasil usaram essas próteses em seus implantes mamários. Nos próximos dias, a Anvisa deve concluir um mapeamento sobre o uso dos implantes das próteses PIP no país.
De acordo com a agência, estudos apresentados até agora não comprovaram a suspeita, apresentada na França, de que o material usado nas próteses aumenta o risco do desenvolvimento de câncer.