Luciano Huck é um dos apresentadores mais populares do Brasil. No comando do Caldeirão do Huck, exibido aos sábados, na RBS TV, Huck garante que o sucesso é fruto de muito trabalho. Em quadros como Mandando Bem, Lar Doce Lar, Lata Velha e Um Por Todos, ele deu voz e recursos para muitas pessoas, em função de suas histórias. No entanto, afirma que só oferece uma pequena ajuda e que cabe a cada participante a função de mudar a própria vida.
Na entrevista a seguir, Huck, 45 anos, fala sobre como fazer um Caldeirão diferente a cada sábado, diz acreditar em uma televisão que dá poder ao público e adianta quadros novos do programa para 2017 – o primeiro deles, Revira Viral, cuja proposta é reproduzir virais icônicos da internet com artistas. Além disso, ele diz que não está em seus planos fazer um projeto com sua esposa, a também apresentadora Angélica, neste momento.
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O Caldeirão do Huck está há quase 17 anos na grade da Globo, desde abril de 2000. Como garantir o interesse do público depois de tanto tempo?
– São 52 programas por ano. É muito trabalho. Na televisão, o sucesso é exatamente proporcional ao tempo que você dedica, a cada minuto que você produz. A gente não tem um formato fixo. A cada sábado, o Caldeirão tem uma cara diferente, as matérias estão em um lugar do Brasil. Embora seja muito trabalhoso, também é prazeroso por causa dos resultados que colhemos. Tanto pessoalmente quanto pela audiência e pela parte comercial.
Você disse que cada programa é diferente. Em 2017, que novidades virão?
– A gente sempre escreve quadros novos. Estamos fechando orçamentos, mas eles estreiam em março. Devem ter umas três ou quatro novidades. Como 2016 teve diversas estreias que funcionaram, muitas voltam também.
Você diz que o trabalho ocupa grande parte do seu tempo. Como você se divide entre a TV e sua família?
– Rico na vida é quem tem tempo e consegue administrá-lo. A gente acaba se corrompendo muito, achando que tem que ter uma aceitação social, estar nos lugares e juntar dinheiro. Você pensa que tudo isso é fundamental. Na verdade, até é importante, mas não é o principal. E, quanto mais consciência você tem disso, melhor equilibra seu tempo. É o que venho fazendo.
Tem planos de fazer algum projeto com a Angélica?
A gente faz muita coisa junto. Em 2016, a gente fez até demais, principalmente no segundo semestre. Acho que agora é a hora de ficar quieto um pouco. O programa dela, Estrelas, vai muito bem. Não estamos pensando em nenhum projeto juntos.
Como você se sente ao ajudar tantas pessoas por meio do seu programa?
– Acredito numa televisão em que as pessoas se sentem empoderadas, que mostra o lado positivo do Brasil e que vale a pena lutar pela sua história. Independentemente da casa, do carro ou do negócio, o mais importante de tudo são as pessoas. Então, a gente atende o que pode dentro do programa. O Caldeirão não é uma ONG, nem é o governo. Usamos a TV aberta, que eu acho que é a ferramenta mais poderosa que a gente tem no país para se comunicar com o maior número de pessoas. E tem gente legal pra caramba por aí. Queremos fazer o bem dar certo.
Você não acha que muda a vida das pessoas?
– Quem muda a vida da pessoa é ela própria. Não adianta ensinar alguém a pescar se ela não for pescar. É um pouco clichê, mas é verdade. Muitas vezes, dou um empurrãozinho. No começo do ano, revisitamos algumas histórias de personagens – é um quadro que se chama Caldeirão ao Cubo. Vemos algumas que deram certo, mas também outras que não deram. Como a vida é imperfeita, a televisão também é.