A atenção, a receptividade e a curiosidade pelo Pulse no mercado brasileiro repetiram o impacto da apresentação do utilitário esportivo quando, a vencedora do BBB 21, Juliette Freire, ganhou um modelo. O visual, o interior, a conectividade e os recursos de auxilio à condução qualificam o veículo que tem listas de espera nas concessionárias. Rodamos 1.300 quilômetros com um Fiat Impulse Impectus TF 200 CVT que tem preço a partir de R$ 123.490.
O utilitário desenvolvido pela engenharia brasileira da Fiat para o mercado nacional e dos países latino-americanos cumpriu a proposta da marca italiana. Bonito, bem equipado e avançada tecnologia de segurança, o Pulse conquistou o seu espaço num segmento que conta com mais de 20 modelos.
O envolvimento do Pulse com o BBB 21, como a jornalista Priscila Nunes lembrou, deu visibilidade antecipada ao utilitário esportivo. A divulgação de detalhes, o lançamento e a promoção da escolha do nome geraram expectativa e comentários entre os diferentes públicos. Já no BBB 22 atual, a Fiat segue firme com o Pulse, e um participante já ganhou um carro na primeira semana. A versão que testamos foi na cor azul Amalfi, uma das duas mostradas no programa.
Montado sobre a nova plataforma modular MLA, o visual remete ao Argo anabolizado com detalhes específicos. Maior , o utilitário esportivo compartilha alguns componentes com o hatch.
A Fiat garante que o Pulse recebeu mudanças estruturais e nos materiais utilizados para aumentar os níveis de robustez, conforto e desempenho.
O design provoca a impressão de um veículo maior. O visual robusto tem a frente alta, para-choque elevado, grade frontal generosa com o logo Fiat e a as cores da bandeira italiana no canto inferior direito.
O grupo óptico conta com faróis, luzes diurnas e auxiliares de neblina em LED. As caixas de rodas em plástico preto e as barras no teto marcam as laterais. As rodas de liga de 17 polegadas são exclusivas do Impetus, como também as lanternas tridimensionais em LED e o para-choque.
Antes de andar no carro, Priscila achava que seria maior, inclusive, como sua família comentou. "Na televisão parecia grande". Quando testamos, ela percebeu que era menor do que parecia.
Interior e conectividade
O Pulse ficou mais comprido, alto, largo e espaçoso em relação ao Argo. Com 4,10 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,58 m de altura e 2,53 metros de entre-eixos acomoda bem quatro adultos e uma criança. O porta-malas leva 370 litros.
O bonito interior escurecido combina painel em dois tons com detalhes prata e cinza, couro sintético e plástico de texturas diferenciadas. Os bancos revestidos em couro sintético têm costuras aparentes. O novo volante multifuncional traz aletas para a troca sequencial de marchas e o botão de acionamento do modo Sport. Com sete polegadas, o quadro digital de instrumentos é colorido.
A central multimídia de 10,1 polegadas interativa é sensível ao toque e funciona por comando por voz ou pelo volante. O sistema é compatível com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos sem fio. Além disso, traz navegação por GPS integrada como os modelos topo de linha da Fiat e Jeep e o carregamento do celular por indução, que usamos diversas vezes.
O Pulse traz ainda conexão via internet 4G por wi-fi para até oito aparelhos simultâneos, o que agradou Priscila ao permitir que todos os ocupantes usassem seus celulares.
As entradas USB tipos A e C também facilitaram a conexão.
O ar-condicionado automático digital funcionou bem mesmo nos dias mais quentes como vem ocorrendo no verão gaúcho. O Pulse conta om seis airbags – frontais, laterais e de cabeça -, e sistema Isofix para fixação de cadeirinha de criança.
O sistema de conectividade com o Fiat Connect Me, o mesmo da Toro, permitiu a operação remota pelo aplicativo no celular e assistentes virtuais como Alexa da Amazon e o Google. Travamos e destravamos as portas, ligamos e e desligamos o Pulse e a climatização, entre outras funções.
Conjunto propulsor
O novo motor motor de três cilindros, 1.0 Turbo 200 Flex com tecnologia MultiAir atendeu as características do `Pulse, sem pretensões esportivas. Os 125 cv, com gasolina ( a 130 cv com etanol) e a força (torque) de 20,4 kgfm foram bem distribuídos pelo câmbio automático do tipo CVT que simula sete velocidades.
Com três modos de condução - Normal (eficiência e conforto), Manual (borboletas atrás do volante) e Sport, claro que o Gilberto preferiu o último, acionado pelo botão vermelho no volante. O Sport ajustou a direção e o acelerador para melhor desempenho. Bem como ele gosta de dirigir na estrada.
Comportamento dinâmico
O comportamento do Pulse nas ruas e estradas foi adequado às características do novo motor 1.0 turbo flex. Ágil no trânsito urbano, respondeu bem sempre que necessário como destacou Priscila. A direção elétrica facilitou a condução e a câmera de ré com alta definição ajudou nas manobras de estacionamento em espaços reduzidos.
Em rodovias, o utilitário compacto Fiat rodou bem dentro dos limites de velocidades. Bastou pisar no acelerador para respostas rápidas e ultrapassagens seguras. Silencioso, o bom câmbio CVT aproveitou bem a potência e força do motor. Claro que sentiu o peso, quando com quatro ocupantes.
Como na cidade, a suspensão absorveu bem as irregularidades do pavimento, paralelepípedo, lombadas e quebra-molas. A vibração e o nível de ruído interno foram mínimos. A maior altura do Pulse não comprometeu a estabilidade e mesmo nas curvas sinuosas em maior velocidade, o balanço da carroceria foi reduzido.
Os recursos eletrônicos de auxilio à condução fazem a diferença no Pulse, aumentam a segurança e reduzem os riscos de acidentes. O controle eletrônico de velocidade adaptativo, alerta e mudança automática de faixa, frenagem autônoma de emergência e alerta de frenagem de emergência, e os freios ABS com controles de tração e estabilidade ajudaram sempre que preciso. O Gilberto valoriza muito o apoio da tecnologia, confesso que prefiro dirigir sem os avisos eletrônicos como os sensores de aproximação.
O consumo de combustível do Pulse dependeu muito do modo de condução, o fluxo de trânsito e o número de ocupantes. Nossas médias ficaram próximas às indicados pelo Inmetro de 12 km/na cidade e 14,2 km/l em rodovias, sempre com gasolina. No transito urbano variaram de 10,9 km/l a 13,1 km/l. Nas estradas, em velocidade constante, foram 15,3 km/l a 17,8 km/l (80 km/h) e de 11,3 km/l a 14, 1 km/l (110 km/h). Nos 1.300 quilômetros rodados, a média geral foi de 12,3 km/l.
Conclusão
O Pulse cumpriu a expectativa criada em torno do seu lançamento. Bem completo - a versão Impetus que avaliamos – tem o bom motor 1.0 turbo flex combinado com o câmbio tipo CVT, entre outras qualidades e, como diferencial, a avançada tecnologia de segurança. No geral, gostamos de conduzir o Pulse pelo que ofereceu e, como sempre, na decisão de compra é importante a avaliação do uso em relação ao custo/beneficio.