O visual, o conforto e a sofisticação do Compass Longitude 2.0 Flex remetem à versão equipada com o motor diesel. A direção, a suspensão, os freios e os recursos eletrônicos também. A potência é próxima: são de 159 cv (gasolina) até 166 cv (etanol), força de 20,5 kgfm e câmbio automático de seis velocidades enquanto no diesel, a potência é de 170 cv, força de 35,7 kgfm e câmbio automático de nove velocidades.
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O flex é mais rápido, o que é importante para enfrentar o trânsito urbano e na estrada. O diesel tem mais força, o que faz a diferença no uso em qualquer terreno. O comportamento do jipe ficou próximo da versão diesel e do irmão menor, o Renegade, com que viajamos ao Chuí. Também da picape Fiat Touro diesel com que fomos à Montevidéu. Claro com diferenças principalmente no consumo de combustível. O Jeep Compass 2.0 Flex Longitude custa a partir de R$ 106.900.
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Nos 600 quilômetros rodados com a versão Longitude em cidades e rodovias, o comportamento do utilitário esportivo foi adequado com o bom desempenho do 2.0 Tigershark flexível. Fabricado no México, recebeu diversas modificações para o uso com etanol, incluído o sistema de partida a frio que dispensa o tanquinho auxiliar. O câmbio automático de seis velocidades – que permite a troca sequencial de marchas por aletas atrás do volante - distribui bem nas rodas dianteiras os até 166 cv do 2.0 Flex.
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O utilitário esportivo roda tranquilo na cidade e na estrada considerando seus 1.700 quilos. O conjunto propulsor sente o peso nas arrancadas, o que não compromete sua agilidade. Depois, aumenta fácil de velocidade acompanhando a pressão no acelerador. A troca de marchas, silenciosa, praticamente passa desapercebida. Na estrada, as retomadas de velocidade são rápidas. Entre 100 km/h e 110 km/h, o motor trabalha em torno dos 2.000 a 2.200 giros com o mínimo ruído.
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Durante a avaliação, abastecido com gasolina, o consumo de combustível no trânsito urbano ficou entre 7,8 km/l e 8,7 km/l dependendo do fluxo de tráfego. Na estrada, na velocidade constante de 110 km/l fez médias de 10, 7 km/l a 12,3 km/l. O câmbio de nove velocidades reduziria o consumo de combustível ao distribuir melhor a potência do o 2.0 TigerShark flex.
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A direção com assistência elétrica tem boa calibragem e garante o perfeito domínio do Compass. A suspensão independente nas quatro rodas combina o conforto com a estabilidade. A inclinação lateral nas curvas mais fortes é reduzida dentro dos limites de velocidade. Macia e firme absorve pequenas irregularidades do pavimentos, praticamente sem oscilar. As rodas de 18 polegadas com pneus 225/55/R18 ajudam. Os freios a disco nas quatro com ABS e EBD, controles de estabilidade, tração e anti-capotamento e assistente da partida em rampa, entre outros recursos eletrônicos, facilitam a condução segura.
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Abertura das portas por aproximação e partida por botão, o acabamento interno tem superfícies macias e materiais de boa qualidade, combina couro com detalhes em preto brilhante e cromados. Os bancos são confortáveis e acomodam bem mesmo em viagens mais longas. Volante funcional, ar-condicionado de duas zonas, quadro de instrumentos com tela em TFT, central multimídia com tela de 8,4 polegadas sensível ao toque e navegação por GPS, câmera de ré e controle eletrônico de velocidade têm visualização fácil e comandos bem dispostos.
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A jornalista Priscila Nunes, que também conduziu o Compass, considerou o Jeep bem equipado.
-Andei no test-drive e também no carro de uma amiga, que recém trocou para este modelo.
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Para Priscila, o utilitário esportivo é para ninguém colocar defeito com amplo espaço. Justifica que cabe a família e até o cachorro.
- Testamos um tempo atrás o Jeep Renegade e a Fiat Toro. O Compass lembrou um pouco o Renegade, no qual já sou fã assumida. Principalmente pela maneira de dirigir e pelo generoso espaço interno. O motor TigerShark remete a potência do carro. Achei criativo este nome.
A jornalista multimídia destaca geralmente a central multimídia chama a sua atenção, pois “é animador ouvir música ou notícias enquanto dirigimos.”
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Também destaca que o “ design externo é lindo, em especial pela ampla grade e, ainda na cor branca que atrai homens e mulheres. Aprovadíssimo.
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Conclusão: O Jeep Compass 2.0 Flex Longitude, como a maioria dos utilitários esportivos, é versátil para o uso na cidade e para viagens com a família nos finais de semana. Bem equipado, conta com recursos eletrônicos que facilitam a condução e ajudam em aventuras leves fora-de-estrada. O conjunto propulsor atende às necessidades do jipe que teria melhor desempenho e menor consumo de combustível com o câmbio automático de nove velocidades mas aumentaria o seu preço honesto.
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