Naquilo que parecia ser apenas a citação de nomes de estrangeiros que poderiam assumir a Seleção Brasileira pode estar embutido algo mais do que só as lembranças de Ronaldo Fenômeno. Pessoas próximas ao ex-jogador e hoje grande empresário do futebol garantem que o futuro técnico “será” Carlo Ancelotti, José Mourinho ou Abel Ferreira. O nome do italiano merece um tom especial, como um desejo. O ex-centroavante e hoje cronista Casagrande foi o primeiro a citar o nome de Ancelotti como sugestão, incluindo o nome de Paulo Roberto Falcão como candidato a coordenador técnico, já que ambos são amigos desde os tempos em que atuaram juntos na Roma.
Homenagens Póstumas
Quem chegava à Sala de Imprensa do Estádio Al Bayt para a semifinal entre França e Marrocos deparava com um buquê de rosas brancas sobre um balcão, porta-retratos e um grande painel com uma foto gigante, as datas de 1978 e 2022 e o nome do fotógrafo Khalid Al-Misslam, do canal Al Kass, do Catar. Ele morreu no último final de semana em meio ao trabalho na Copa do Mundo. A causa da morte não foi divulgada. Já chegam a três os óbitos de jornalistas durante o mundial. Além do fotógrafo catari, as imagens no balcão mostravam os outros dois que faleceram, o repórter norte-americano Grant Whal e o britânico Roger Pearce, diretor de transmissões de uma TV da Inglaterra.
“Monsieur” Copa
Se a Argentina tem um treinador que é fundamental para sua seleção e figura já marcante nesta Copa do Mundo, na França o comandante já está há muito na história dos mundiais. Capitão campeão do Mundo em 1998, Didier Deschamps ganhou como técnico o título de 2018 e está em mais uma decisão. Se chegar ao tricampeonato, igualará o número de títulos em duas funções do brasileiro Mário Jorge Lobo Zagallo — bi como jogador e vencedor de técnico. Franz Benckenbauer ergueu a Taça como atleta em 1974 e esteve duas vezes em finais como treinador em 1986 e 1990, quando foi campeão. O francês, porém, tem um fator em 2022 que valoriza seu trabalho. A perda de três importantes titulares antes da disputa e um efeito nulo dos desfalques em função das soluções encontradas.
Solidariedade aos parceiros
Dirigente do Arsenal da Inglaterra, pelo menos até a próxima temporada europeia, o brasileiro Edu Gaspar esteve no Estádio Al Bayt para ver a vitória da França sobre Marrocos. Ele foi o coordenador da Seleção Brasileira na Copa de 2018 na Rússia, responsável direto pela colocação de Tite e sua comissão técnica e até pela manutenção do grupo, mesmo com sua saída ao final daquele mundial. Amigo e parceiro daquela equipe de profissionais, Edu lamenta profundamente o resultado brasileiro no Catar e contou que ligou para Tite logo depois da eliminação, falando também com outros ex-companheiros. Ele evitou de fazer avaliações ou projetar o futuro do Brasil os dos amigos.
Atraso de 36 anos
Argentina e França já era para terem decidido um mundial, exatamente aquele em que Diego Maradona foi a grande estrela. Na fase semifinal, os argentinos passaram pela Bélgica, mas a França, liderada por Platini e que havia eliminado o Brasil de Telê Santana, perdeu para a Alemanha. Os franceses tinham um time superior, vinham jogando muito melhor, enquanto os alemães passaram com dificuldades por Marrocos e México nas fases anteriores. O encontro Diego Maradona x Michel Platini não aconteceu. Agora haverá o esperado duelo Messi x Mbappé.
Marrocos é campeão
Foi lindo ver a torcida marroquina tomar conta do Estádio Al Bayt e torcer de um jeito muito peculiar. Ela não canta ou vibra como os argentinos, mas emite sons estridentes que intimidam os rivais e incentivam sua equipe. São ouvidos zunidos, apitos, vaias, tudo com muita energia. Ao final, aplausos para os heróis de um continente e de uma etnia. O jogo de terceiro lugar contra a Croácia é digno de total torcida.