Alexander Medina chegará ao Inter com vantagens em relação ao que aconteceu com Miguel Ángel Ramírez há menos de um ano. O novo treinador colorado já começa com uma proximidade geográfica que certamente o coloca como alguém que conhece o clube, sua história, sua grandeza e o espírito de rivalidade que norteia muitas coisas no Rio Grande do Sul.
O "Cacique" é vizinho. Sabe como se joga futebol por aqui e isto o deixa mais familiarizado até para implantar um novo modelo de jogo, ainda que diferente do tradicional dos últimos tempos no Beira-Rio.
Na teoria, ele conhece os atalhos para tentar quebrar os paradigmas no Beira-Rio. Do lado prático, o uruguaio terá muito mais tempo para adaptar-se ao novo ambiente e para ter de seu elenco também uma boa compreensão de métodos, objetivos e vivência pessoal. Este aspecto nitidamente foi prejudicial a Ramírez que, alheio à sua vontade e da diretoria colorada, chegou e já precisou encarar uma competição sem ter tempo de uma transição de um time que vinha de um vice-campeonato brasileiro atuando de maneira distinta à que ele implantaria.
O Inter começa 2022 melhor do que começou a temporada de 2021.