
O jogo contra o Lanús na Arena foi a melhor atuação do Grêmio sob o comando de Tiago Nunes. No final da partida, os gremistas tinham motivos além dos três pontos para comemorar, especialmente porque ela aconteceu imediatamente antes de um Gre-Nal. Uma notícia, porém, abateu-se como um golpe contra o Tricolor e pode ter consequência no clássico. Por mais leve que seja, a lesão muscular sofrida por Thiago Santos atrapalha muito os planos do treinador.
A campanha invicta de Tiago Nunes tem no se xará uma espécie de avalista. Poucos poderiam acreditar que aquele volante, contratado por indicação de Kannemann, Geromel e com apoio de Renato Portaluppi e rechaçado fortemente pelos torcedores, poderia virar uma peça tão importante para a nova equipe gremista em tão pouco tempo.
Thiago Santos se tornou ponto de equilíbrio do meio-campo, gerando um crescimento de produção para Matheus Henrique, criando condições para Darlan atuar mais avançado, como meia, e se adaptando também para jogar ao lado de Lucas Silva, como aconteceu contra o Lanús.
Não ter Thiago Santos significa para o Grêmio perder sua melhor novidade dentro de campo. Quem o substituir corre o risco de repetir desempenhos do tempo em que o sistema não estava funcionando.
O mais provável é que Lucas Silva permaneça como primeiro volante, restando saber a quem caberá a liberdade de chegar à frente.
Darlan se destaca nos passes, e Matheus Henrique vem de dois gols marcados nos últimos jogos pisando dentro da área — a pequena. A dúvida é saber até que ponto Lucas pode reproduzir movimentos e eficiência de Thiago.