
A coisa mais certa para o Grêmio nestes três jogos que faltam para o encerramento da fase classificatória do Gauchão é que ele estará entre os quatro semifinalistas da competição. Só falta a matemática confirmar algo que o campo encaminhou irreversivelmente. O jogo desta sexta-feira (16), contra o Caxias, pode até definir tudo de fato e de direito. Esta, entretanto, é uma partida envolta num ambiente diferente, numa atmosfera incomum e com muita coisa ainda em meio a uma grande nuvem surgida após a saída de Renato Portaluppi.
Não se trata de uma neblina típica caxiense, mas há incertezas no Tricolor. O técnico Thiago Gomes é interino, isto é certo, mas como ele armará seu time? A formatação de Renato é o mais lógico, mas agora o grande ídolo se tornou passado do ponto de vista tático. Ainda que provisório, mas conhecendo bem alguns jovens que atuarão, seria possível uma nova formatação, ainda que também temporária?
E Jean Pyerre, que está na Serra? Volta a ser titular desde o início do jogo, marcando definitivamente um ressurgimento sem as cobranças do antigo comandante? Mesmo não sendo as fundamentais, a muitas perguntas que podem ser respondidas a partir do confronto do Estádio Centenário.
De mais atraente e novo na equipe, estreiam Rafinha e Thiago Santos, pedidos de Renato atendidos pela diretoria gremista. Não se pode ignorar também que a presença de Pepê é uma surpresa, visto que em Portugal se garante que ele não atuará em partidas do Gauchão. Há muito o que se observar num Grêmio que perdeu sua grande referência de identidade dos últimos tempos.
Mesmo sem ter seu time principal em campo e apresentando um grupo carente numericamente, como prova a presença de apenas dois laterais, ambos pela direita, na delegação, é possível buscar algo diferente no todo. Será a primeira imagem, ainda que desfocada, de uma nova era.