
Nenhum jogador contratado pelo Grêmio recentemente mereceu tanta rejeição da torcida quanto o volante Thiago Santos. Não sendo uma grande estrela internacional, com a característica de jogador de destruição, o fato de estar com 31 anos e mesmo a chegada do futebol dos Estados Unidos eram apontados como pontos que não recomendavam o volante.
Passadas algumas partidas desde sua estreia e muitas das avaliações antecipadas mudaram radicalmente. Thiago não só teve boas atuações como a apresentada contra o Lanús na Copa Sul-Americana como mostrou ambientação perfeita à equipe e ainda mostrou coisas que dele não se esperava.
A capacidade de marcação está confirmada, o que vai ajudar muito a defesa a corrigir seus problemas. Com a volta de Geromel na vitória sobre o Lanús, isto ficou mais nítido. A primeira surpresa apresentada por Thiago é uma capacidade muito boa de fazer passes para iniciar jogadas ou até para dar assistências. Também não se esperava que ele mostrasse uma condição física tão adequada para encarar competições em andamento com vigor e resistência.
Da mesma forma, a temida passagem pela Major League Soccer não o defasou tecnicamente ou em competitivamente. Pelo contrário, parece que ele está mais completo do que o meio-campista que deixou o Palmeiras no final de 2019.
Recomendado por jogadores influentes do grupo gremista como Geromel e Kannemann, Thiago Santos parece já ter justificado a indicação, chancelada pelo ex-técnico Renato Portaluppi. O volante passa a ser peça fundamental para Tiago Nunes, outro recém chegado à Arena. Lembrando o ano vitorioso de 2017, Thiago pode repetir o que aconteceu com Michel, protagonista num setor que tinha Maicon no seu melhor momento e, posteriormente, Arthur surgindo de maneira avassaladora. Com o que já mostrou, o xará do treinador não se mostra simplesmente um cabeça de área. Ele é mais.