O início da decisão da Copa do Brasil é mais do que uma oportunidade para o meia Jean Pyerre. O jogador que vem mostrando um futebol muito inferior ao que o transformou em candidato a seleções brasileiras e ponto de admiração de grandes entendedores do futebol brasileiro. Ele tem neste confronto com o Palmeiras a chance de mostrar que os palmeirenses estavam certos quando quiseram contratá-los e que a direção do Grêmio se mostrou mais correta ainda ao resistir a uma proposta tentadora de troca por até quatro atletas.
Está no funcionamento do meio-campo gremista a maior necessidade para o que o time como um todo funcione bem. Para tanto, a figura do meia, desempenhada por Jean Pyerre é fundamental, tanto ou mais do que a presença de Maicon. Houve tempo para conversas com Renato Portaluppi, aconteceram treinamentos específicos, foram feitos trabalhos físicos para quem ainda pode estar ressentido das últimas lesões; enfim, não há desculpa para apatia. A equipe precisa de Jean.
Se esta final de Copa do Brasil é apontada como possível encruzilhada para o longo trabalho de Renato, vale algo semelhante para Jean Pyerre. Se ele não for craque da decisão, pelo menos precisa dar uma colaboração mínima para que outro gremista o seja. O título, no mínimo, o preservará, se não consagrá-lo que é o que todos os que o admiram gostariam de ver. Sem torcida no estádio, valeria para o meia procurar nos camarotes o presidente Romildo Bolzan Júnior e olhar para o time palmeirense, fazendo uma espécie de promessa, reconhecendo uma aposta de risco feita pelo dirigente que o manteve e não quis ficar com Rafael Veiga, Rony e Gustavo Scarpa.