
Mesmo em meio a um momento de cobrança, maus desempenhos e muitos desfalques, o Inter tem um motivo para estar otimista no jogo contra o América de Cali. Patrick está de volta depois de melhorar de um problema muscular. D'Alessandro, por sua vez, é o lamento colorado, não tendo acompanhado a delegação em função de problemas particulares. Ao colocar os dois fatos numa comparação, porém, o resultado é algo impensável há pouco tempo: a presença do volante é muito mais importante do que a ausência do argentino.
Com altos e baixos desde que chegou ao Inter para a temporada de 2018, Patrick assumiu a responsabilidade de ser o jogador que vai para cima do adversário e usa da individualidade para criar uma situação nova no jogo. No grupo atual, é um solitário com coragem, técnica e força para fazer isso.
Volante na origem, mas jogando como meia ou até aparecendo de atacante, tornou-se mais do que importante: é fundamental para o time de Eduardo Coudet. O drama colorado é conviver com a irregularidade física do jogador, cujo desgaste sempre é alto nos jogos em função da característica. Com ele em campo, abrem-se horizontes diferentes para uma equipe que não tem Edenilson naquele setor. É de se festejar esta volta.
Se Patrick tem sido necessário ao extremo ao time de Coudet, o mesmo não se pode dizer de D'Alessandro. Seu ex-parceiro de River Plate e hoje comandante no Inter não o tem usado com a frequência que muitos cobram veementemente.
O treinador claramente deixa a entender que vê as limitações físicas do compatriota como impeditivos para uma presença duradoura na equipe durante as partidas. Com isso, o time desacostumou-se a jogar com o maior ídolo do clube nos últimos 10 anos, e sua falta deixou de ser sentida como outrora.
D'Alessando ter permanecido no Brasil é de se lamentar por parte do torcedor, mas não é motivo para se desesperar. Hoje, o grande meia colorado dos últimos tempos faz menos falta do que Patrick.