O jogo contra o Bahia em Salvador pode não ter sido completamente reabilitador para o Grêmio, mas deu o alívio que o clube precisava neste momento. O resultado foi excelente, a atuação foi de recuperação dentro da própria partida e algumas soluções necessárias se apresentaram para serem adotadas mais frequentemente ou até de maneira permanente. Este é o caso do jovem volante Darlan.
O garoto de 22 anos, nascido em São Borja, não foi destaque da partida apenas pelo gol marcado. Ele fez em campo bem mais do que seu parceiro Matheus Henrique, cuja fase não é a melhor. Mais do que isto, superou de longe o que mostrou Lucas Silva nas partidas após a retomada da pandemia. O caso de Lucas, aliás, chama a atenção por ele ter mostrado qualidade nas primeiras apresentações no Grêmio, capazes de se estabelecer uma possibilidade disputa com o emblemático Maicon, e ter simplesmente entrado em queda livre. É justa a perda até da suplência imediata.
Sem Maicon em boas condições, Renato está na obrigação de dar mais oportunidades para Darlan, um jogador que une a qualidade técnica a um comprometimento e uma garra digna da fama dos oriundos da região das Missões. Ele tem espírito competitivo, ambição em campo e a natural ligação motivação de quem foi criado no clube. Se o porte físico não o favorece em disputas mais fortes, ele sabe bem compensar, mesmo ao lado de Matheus Henrique que também não é o chamado "volantão".
Não deixa de estar justificada a busca gremista por um novo volante. A necessidade momentânea é inesperada, visto que o Grêmio formou grandes jogadores para o setor nos últimos tempos, mas os que vêm na esteira de Darlan ainda são considerados verdes. O missioneiro, porém, foi à Bahia para se tornar a opção imediata e obrigatória. Lucas Silva ou outro que chegue agora, que espere.