Quando Ronaldo foi contratado pelo Corinthians no final de 2008, o clube paulista não buscou apenas um grande jogador em fim de carreira com muitas incertezas quanto à possibilidade de ser decisivo. Meses depois veio uma resposta afirmativa E incontestável. O título do Paulistão, e posteriormente da Copa do Brasil, tiveram nele o protagonista. Mais do que isso, os corintianos passaram a ter um time com outro patamar.
O Inter, quando buscou Paolo Guerrero, sabia que contratava um jogador de qualidade, mas não tinha a certeza sequer da condição legal de jogo. Dúvidas quanto à idade e ao custo-benefício também existiam. A resposta em campo foi adiada, mas, no final, superou as expectativas até da diretoria.
Tal qual Ronaldo no Corinthians, Guerrero deu ao Inter uma nova personalidade de time e pode encaminhar uma dimensão maior ao clube. Diferente do Fenômeno, não houve ainda títulos colorados com o centroavante peruano, mas o encaminhamento da vaga na final da Copa do Brasil é um capítulo importante na trajetória colorada e de seu atleta.
Guerrero tomou para si a responsabilidade de pedir para não ser convocado por Ricardo Gareca e se justificou plenamente aos seus compatriotas. Ele é o maior nome colorado no momento, uma estrela conhecida mundialmente e que corresponde à fama e ao investimento.
Ronaldo fez o Corinthians despertar para um ciclo virtuoso que, já sem ele, chegou ao título mundial. Guerrero ainda está muito longe de determinar algo parecido no Inter, mas permite aos colorados ter esperança em algo parecido.