Um dos temas mais discutidos do futebol nacional atualmente é a diferença financeira entre os clubes brasileiros. Esse novo cenário contempla times que conseguem investir milhões em vários jogadores qualificados. Em paralelo, outros times têm orçamento tímido. Para conseguir sobreviver a essa selva, o Inter necessita encontrar alternativas criativas para que seja possível ter competitividade durante a temporada.
A realidade é que no papel não existe a menor chance de igualar clubes como Flamengo, Palmeiras e Botafogo. As cifras desses adversários serão maiores na comparação com o Inter. O Palmeiras, por exemplo, tirou Paulinho do Atlético-MG por 18 milhões de euros. Não é normal uma transação dessas dentro do futebol brasileiro. Esses números são inimagináveis pensando no contexto colorado.
A situação ela é tão complicada que o Inter foi “obrigado” a vender Gabriel Carvalho. A proposta de quase R$ 100 milhões não deixou nenhuma dúvida do que deveria ser feito. Além disso, foi a oportunidade que surgiu para que os dirigentes pudessem manter o elenco que funcionou tão bem no segundo semestre do ano passado.
A questão é que isso não pode servir como argumento para justificar possíveis fracassos desportivos. Os resultados ruins do ano passado não estão ligados às questões financeiras. Afinal, o Inter não chegou às decisões contra os principais adversários do futebol sul-americano.
Sabemos que está cada vez mais difícil enfrentar times milionários. Porém, existe uma régua mínima que deve ser entregue por um clube como o Inter. Derrotas para times menores, com pouca expressão, não podem ser normalizadas. Apesar da diferença de cifras, o Inter precisa retomar seu papel de protagonista nas competições que participa.