Trinta e quatro deputados compareceram hoje a uma das mais importantes reuniões da história recente do Rio Grande do Sul. Nela, o governador Eduardo Leite apresentou o pacote que prevê mudanças profundas na estrutura de remuneração dos servidores. As consequências das medidas, se aprovadas vão muito além. Impactam toda a sociedade gaúcha, assolada por impostos exagerados, por um clima pesado e pela falência de um Estado que precisa mudar.
Portanto, 21 deputados eleitos pelo povo não estavam lá. Duvido que houvesse algum compromisso mais importante do que esse, salvo algum caso de doença na família ou evento gerado por força maior. Essa ausência da oposição, que tinha apenas dois representantes no café da manhã organizado pelo Piratini, é um exemplo perfeito do velho jeito de fazer política, no qual a luta pelo poder está acima dos interesses maiores dessa e das futuras gerações. Não vi e não gostei, essa é a impressão que fica dessa omissão no momento em que o debate se faz fundamental.
Estar presente em um encontro de tamanha relevância não significa adesão. Ao contrário. Ouvir e conversar daria legitimidade a eventuais críticas construtivas. Mas fica claro que o jogo é outro. Ao que tudo indica, ouviremos mais uma vez a ladainha dos partidos que se colocam na oposição e que se alternam em rodízio no papel de dizer não, sem apresentar alternativas responsáveis e viáveis.
O diagnóstico todos temos. Precisamos é de cura.