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Piscina Infinita (Infinity Pool, 2023), que foi adicionado recentemente ao menu da Netflix, é o terceiro longa-metragem dirigido por Brandon Cronenberg, filho do célebre cineasta canadense David Cronenberg. A exemplo do pai, ele gosta de misturar terror, ficção científica e sexo, como fez em Possessor (2020), título disponível na plataforma Max em que uma agente (Andrea Riseborough) de uma organização secreta usa a tecnologia de implantes cerebrais para habitar o corpo de outras pessoas, levando-as a cometer assassinatos para clientes que pagam caro. Mas algo dá errado e ela logo se vê presa na mente de um homem (Christopher Abbott) cujo apetite por violência rivaliza com o seu.
Em Piscina Infinita, Brandon Cronenberg acrescenta à equação um toque de humor — sombrio, evidentemente. O filme se alinha a sátiras macabras do mundo dos super-ricos que foram lançadas nos últimos anos, como O Menu (2022), Triângulo da Tristeza (2022) e Pisque Duas Vezes (2024), além da série The White Lotus, que estreou em 2021.
A trama está ambientada em um país fictício que mescla as ilhas do Caribe, o Leste Europeu e o Oriente Médio, La Tolqa. Alexander Skarsgård e Cleopatra Coleman interpretam James e Em, um casal hospedado em um resort de luxo. Ela é uma herdeira bilionária, ele, um escritor que só publicou um livro, já há muitos anos, e busca inspiração para o próximo.
No local, eles ficam amigos de outros ricaços, incluindo Gabi (Mia Goth, tão sedutora quanto tóxica) e seu marido mais velho (Jalil Lespert). Quando James provoca acidentalmente uma morte, percebemos que a elite sempre sairá impune: graças a um sistema de clonagem humana, é o clone do protagonista que acaba condenado à morte. Assim, todos podem se esbaldar infinitamente em orgias sexuais regadas a álcool e drogas e em episódios de violência.
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