O post de ontem falava sobre fotografia, e o de hoje, também.
Se você é da era pré-digital, como eu, deve lembrar o quanto seletivo se tinha de ser ao fotografar durante uma viagem.
Uma primeira dificuldade era carregar um monte de rolos de filme (para uma viagem de um mês, eu costuma levar 10 filmes, de 36 "poses" - portanto, a perspectiva era fazer 360 fotos -, que sempre eram insuficientes).
Com tão poucas possibilidades, considerando ainda as inúmeras fotos sem foco e/ou tremidas, no retorno ainda era preciso revelar e copiar toooodas as fotos, torcendo para salvar um mínimo razoável diante do amadorismo. Bem caro.
Outra tarefa necessária era organizar tudo em álbum (há que ainda faça, felizmente), anotando locais (não existia geolocalização!) e acrescentando legendas. Descartando as sem foco e/ou tremidas, claro.
Como eu, muitos que atravessaram a mudança da tecnologia (parece que faz milênios, só que não) relutaram um pouco em fotografar à toa. Mas aos poucos isso também foi descoberto como um prazer. Sem exageros. Nada de andar por aí fazendo selfies e destruindo obras de arte em museus, como uns e outros. Trata-se apenas de registrar curiosidades. Coisa que fiz com alguma regularidade numa das últimas viagens, como mostram as fotos deste post.