
O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O vereador Marcos Felipi Garcia (Cidadania) será o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o incêndio da Pousada Garoa, no qual morreram 11 pessoas em abril de 2024. Aliado e ex-secretário do governo Melo, ele foi escolhido para a função na reunião desta segunda-feira (10) da comissão, na Câmara Municipal.
Proposta pela oposição, a CPI tem como presidente o vereador Pedro Ruas (PSOL). O vice-presidente eleito foi Rafael Fleck (MDB), também integrante da base governista.
A comissão tem 12 integrantes, que são indicados de acordo com o tamanho das bancadas na Câmara. Por isso, é composta por oito membros aliados do governo e quatro oposicionistas.
De acordo com Marcos Felipi, a participação no governo não vai interferir na elaboração do relatório:
— Vou fazer uma relatoria usando os princípios da transparência e da imparcialidade, tentando elucidar os fatos. Vamos fazer uma investigação paralela e independente, sem pré-conceitos, tentando juntar o maior número de elementos para auxiliar o Ministério Público.
Primeiras medidas
Na reunião desta segunda, os vereadores aprovaram requerimentos solicitando acesso ao inquérito policial sobre o caso e a imagens de câmeras de segurança da região.
Marcos Felipi pretende apresentar na próxima segunda-feira (17) o plano de trabalho da comissão. Na data, também será ouvido Léo Voigt, que era secretário de Desenvolvimento Social na época do incêndio.
Está nos planos dos vereadores solicitar depoimentos das três pessoas indiciadas pela Polícia Civil: o responsável pela pousada, André Kologeski da Silva, o presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Cristiano Atelier Roratto, e a fiscal do contrato da pousada junto à prefeitura, Patrícia Mônaco Schüler.
A CPI foi instalada em 26 de fevereiro na Câmara e tem duração de 120 dias, que podem ser prorrogados por mais 60.