
O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), desembargador Alberto Delgado Neto, foi aos Estados Unidos palestrar sobre a atuação do Judiciário na enchente de maio de 2024 e as ações em relação ao meio ambiente.
O evento ocorreu na tarde desta terça-feira (18), na Universidade Estadual do Sudeste do Missouri (Southeast Missouri State University), como parte da programação da Conferência Internacional de Questões Fundiárias e Governança Sustentável e do 2º Congresso Internacional de Fauna e Flora da Amazônia.
O desembargador participou do painel “Poder Judiciário Gaúcho e a Sinergia em Prol do Meio Ambiente”, a convite da organização do evento. Quem presidiu o debate foi o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Corregedor Nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques.
A defesa da atuação preventiva do poder público para evitar novos episódios climáticos no RS foi a tônica do discurso de Delgado Neto. Além disso, o presidente do TJ falou sobre a atuação do judiciário nas enchentes e os R$ 200 milhões arrecadados em multas pecuniárias de todo o Brasil, repassados aos municípios em situação de calamidade pública.
— O nosso enfrentamento é a experiência que nós passamos no Rio Grande do Sul em 2024, quando 80% dos municípios foram atingidos, mais de 2 milhões e 500 mil pessoas foram atingidas, pessoas pessoas perderam referências históricas, emocionais, casas, documentos, vida, muitas sem poder retornar para o local onde historicamente a família residiu. E isto pede um enfrentamento governamental direto que é a experiência do Rio Grande do Sul que será passada para o povo americano — disse o desembargador a um jornalista local.
Nesta quarta-feira (19), o desembargador participa de uma mesa redonda para debater políticas públicas e a atuação do Judiciário em relação a governança sustentável.